Síria solicita ajuda financeira à Rússia
Uma delegação do governo sírio reuniu-se nesta sexta-feira (3) com autoridades russas para tratar de fornecimento de ajuda financeira e finalizar um acordo sobre compra de petróleo pelo país árabe, informaram ministros sírios ouvidos em Moscou pela Prensa Latina.
Publicado 03/08/2012 19:21
O ministro de Finanças, Muhammed Zhleiliati, indicou que Moscou prometeu analisar o pedido de Damasco, enquanto seu colega responsável pela esfera de energia, Said Theidi, afirmou que se chegou a um acordo para a entrega de petróleo.
"Nós atingimos um acordo nesse sentido. Agora analisamos como colocar em prática os envios", comentou Theidi nesta capital.
Por sua vez, o vice-primeiro ministro sírio para assuntos econômicos, Kadri Jaimil, recusou a tese sustentada pelas potências ocidentais de que com a renúncia do presidente Bashar al-Assad se resolva a crise em seu país.
"Suponhamos que ocorra a renúncia (de Al-Assad), mas, o que acontecerá depois?", perguntou-se o vice-chefe de Governo.
"As partes em conflito não conseguem conciliar nem sequer os temas para iniciar o diálogo ou sentar à mesa de negociações", apontou.
"O Ocidente tem uma posição hipócrita e também não contribui à criação de condições para o diálogo", denunciou Theidi.
"O novo governo sírio com participação de membros da oposição moderada constituiria a verdadeira criação de um órgão transitório de direção, pois os extremistas não estarão representados", esclareceu o funcionário sírio.
"As sanções econômicas unilaterais e ilegais impostas à Síria afetam não só a sua moeda nacional (a libra), como também a todo seu povo, e é impossível que o Ocidente desconheça isso, porém mesmo assim continua com essa política", destacou o vice-primeiro ministro.
Além disso, o vice-ministro sírio do Exterior, Abdel Fatal Amura, lamentou que o Ocidente descumpra seus compromissos assumidos no comunicado da conferência de Genebra, realizada em 30 de junho, em relação a um consenso para uma saída pacífica da crise.
Os estados ocidentais não reconheceram o documento. "A solução do conflito na Síria deve ser atingida mediante uma solução política e nunca pela via do assassinato", afirmou Amura.
Fonte: Prensa Latina