Olgamir convoca debate sobre a violência doméstica

Intuito da secretária de Estado da Mulher é apresentar ao público como o Governo do Distrito Federal está trabalhando na prevenção e combate à violência contra a mulher e como a comunidade está inserida neste contexto. Ação faz parte do calendário de atividades em comemoração aos seis anos da Lei Maria da Penha

A Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal realizará nesta quinta-feira, 16, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a palestra “Prevenção e Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres do Distrito Federal”. A atividade acontecerá das 14h às 18h, no auditório Águas Claras.

A mesa de abertura será composta pela secretária da Mulher, Olgamir Amancia; de Saúde, Rafael Barbosa; de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Alírio Neto; de Criança, Rejane Pitanga; de Promoção da Igualdade Racial, Josefina Serra; e do Idoso, Ricardo Quirino. Participam ainda a deputada federal Erika Kokay; a delegada-chefe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Ana Cristina Melo; o comandante-geral em exercício do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Cel Júlio César Correia; e a Tenente Coronel da Polícia Militar, Denise Dantas.

A secretária de Estado da Mulher, Olgamir Amancia, explica que o objetivo do encontro é debater como o governo e a sociedade podem colaborar com a desconstrução histórica do machismo e do sexismo – modos de organização da sociedade que prejudicam as mulheres. “O governo, principalmente, precisa ter um olhar imune ao processo de violência contra a mulher. Percebemos que, em alguns casos, há uma revitimização porque a sociedade ainda se permite criar juízos de valores diante deste problema social”, justifica a secretária.

Ainda de acordo com Amancia, a formação continuada dos agentes de segurança pública permite que o Estado ofereça às mulheres um atendimento mais acolhedor e humanístico. “Quando compreendemos que a violência contra a mulher está inserida em um contexto histórico de preconceito, conseguimos superar estereótipos e a revitimização”, acredita Olgamir Amancia.

Programação – A primeira palestra será da secretária Olgamir Amancia, cujo tema será a atuação e as ações da sua pasta no que se refere à prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres do Distrito Federal. Entre outros pontos, Amancia abordará o trabalho do programa Rede Mulher – um dos eixos de trabalho estruturantes da secretaria -; as políticas públicas criadas em parceria com outros órgãos de governo; e o importante papel de conscientização da sociedade como forma de combate à violência doméstica e familiar.

Em seguida, a deputada Erika Kokay irá explanar sobre a Lei Maria da Penha dentro da perspectiva dos Direitos Humanos. Logo depois, a coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade de Brasília, Tânia Mara Campos, falará sobre violência, cidadania e segurança. Para fechar o primeiro ciclo de palestras, a promotora de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) Alessandra Campos Morato explicará qual o papel do órgão nos casos de violência doméstica e os acordos de cooperação técnica firmados entre o ministério e a Secretaria da Mulher.

O segundo e último bloco de palestras começa com a apresentação da delegada-chefe da Deam, Ana Cristina Santiago. Tanto ela quanto o comandante-geral em exercício do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Cel Júlio César Correia; e a Tenente Coronel da Polícia Militar, Denise Dantas, explicarão ao público presente como as suas respectivas corporações trabalham para atender as vítimas de violência e evitar a revitimização.

Após as explicações, o evento será aberto para um debate público com todos os participantes. “Abrir este canal com o público é fundamental para estimular a compreensão de que os direitos das mulheres são direitos humanos, e que a modificação da cultura de subordinação, fixada em questões de gênero, requer uma ação conjugada, já que a violência contra a mulher desencadeia desequilíbrios nas ordens econômica, familiar e emocional”, finaliza Olgamir Amancia.