Solidariedade e apoio ao Movimento Docente na UEPG

Direção municipal do PCdoB pede que deputados estaduais aprovem com urgência equiparação salarial nas universidades públicas do Paraná

Professores da UEPG em greve - Felipe Soares

O Comitê Municipal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) de Ponta Grossa manifesta, publicamente, a solidariedade e apoio ao movimento dos professores das universidades estaduais do Paraná, na luta pela dignidade salarial.

Os docentes negociam, através das entidades sindicais representativas, desde o início de 2011 e, apesar das promessas assumidas pela Secretarias de Estado envolvidas, nada de concreto aconteceu. No primeiro semestre de 2011, um Grupo de Trabalho elaborou uma proposta para equiparar o piso salarial dos docentes com o salário dos técnicos de formação universitária. Naquele momento (junho/2011), o Governo propôs pagar os 31,73% da defasagem em três parcelas, o que foi aceito pelos professores. Em novembro/2011, o Governo voltou atrás e disse que o Estado não teria como honrar o compromisso. Os professores realizaram novas manifestações. Nova proposta do Governo Richa previa, então, o pagamento dos 31,73% em três vezes. Mas, em fevereiro/2012, os professores são novamente surpreendidos, pois o Governo alega não ter caixa. Novas paralisações docentes nas Universidades em março e o Governo assume que pagaria o reajuste em até quatro vezes, com a primeira parcela de 7,14% em outubro/12. O projeto de lei seria enviado à Assembléia Legislativa em 1º/05/2012.

Como o Governo não enviou o projeto à ALEP até 10/08/12, os professores iniciam movimento grevista. E, agora, esperam que a palavra seja respeitada, pois não dá mais para confiar em promessas.

Enquanto isso, em outubro de 2011, o Governo foi bem mais generoso com os cargos de indicação política do Estado (os nomeados, sem concurso) e concedeu um aumento de até 128% nos vencimentos dos comissionados. E, naquele momento, mesmo com um impacto de R$ 7 milhões mensais na folha de pagamento, o Governo Richa (PSDB) não demonstrou qualquer preocupação com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Oportuno lembrar que pagar a defasagem salarial dos professores universitários teria um impacto inferior a 1% na folha do Estado.

Na UEPG o movimento docente conta com apoio de diversos setores da comunidade, além das direções das entidades estudantis. A direção do PCdoB espera que o Governo respeite os mais de seis mil professores das sete universidades estaduais onde hoje estudam mais de 120 mil alunos. E, da mesma forma, pede atenção dos deputados estaduais para que aprovem, o mais breve possível, a proposta de equiparação salarial, que o Governo enviou ao parlamento na semana passada. Respeitar o professor universitário é defender o patrimônio público que as Universidades Estaduais representam ao povo do Paraná.

Pona Grossa, 20 de agosto de 2012.

Comitê Municipal do PCdoB.