Egito reabre passagem para Faixa de Gaza
Milhares de palestinos de Gaza retidos em vários países poderão voltar para casa hoje, após a reabertura da passagem de Rafah, fechada há cinco dias pelo governo egípcio.
Publicado 22/08/2012 10:40
A medida entrou em vigor dois dias antes do início das festividades de Eid el Fitr, que marca o fim do mês (lunar) do Ramadã, dedicado pelos muçulmanos ao jejum e à oração, e em meio a uma forte tensão na península de Sinai.
Os procedimentos de costume serão dinamizados a partir das 7h locais (02:00 GMT) para que os viajantes palestinos possam se dirigir de imediato à passagem de Rafah, confirmou Salah Zelaya, diretor de segurança do aeroporto.
O fechamento da passagem também seguiu-se a um ataque por homens armados não identificados contra uma delegacia de polícia na Península do Sinai (nordeste), no último dia 5, que matou 17 soldados.
A abertura da passagem foi acordada semanas atrás pelo presidente egípcio, Mohamed Mursi, e Ismail Haniyeh, primeiro-ministro do governo da Faixa de Gaza, controlada pela organização islêmica Hamas e submetida a um bloqueio total pelos ocupantes israelenses há mais de cinco anos.
Poucas horas depois, as autoridades informarem três ações semelhantes em áreas próximas, apesar da vasta operação militar lançada pelo governo egípcio para liquidar o que classifica como entidades radicais islâmicas.
Outras fontes disseram que o ataque foi orquestrado pelos serviços de inteligência israelenses para azedar os laços entre o Hamas e Mursi.
As manobras militares e a implantação de baterias anti-aéreas pelo Cairo no Sinai, as maiores desde a guerra árabe-israelense de 1973, fizeram com que Israel mobilizasse tropas e meios em seu território ao lado da fronteira com o Egito.
O acordo de paz entre Egito e Israel, assinado em 1978, proíbe o deslocamento de certos tipos de armas na península.
A decisão introduz um elemento de atrito entre os dois países, o segundo desde que chegou ao poder no Egito o presidente Mursi, um membro da Irmandade Muçulmana, organização islâmica contrária à ocupação da Palestina por Israel.
Tão logo chegou ao poder, o novo governo egípcio suspendeu um acordo de fornecimento de gás a Israel a preços mais baixos do que o mercado.
Fonte: Prensa Latina