Caso Assange: Comissão Política Nacional do PCdoB apoia Equador

Em reunião realizada nesta sexta-feira (24) em sua sede em São Paulo, a Comissão Política Nacional (CPN) do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) manifestou por meio de uma resolução apoio à decisão do governo do Equador em conceder asilo político ao autraliano Julian Assange – responsável pelo site de vazamentos WikiLeaks –, que sofre processo de extradição pela justiça sueca e está atualmente abrigado na embaixada equatoriana em Londres, capital do Reino Unido.

Leia abaixo a íntegra da resolução da CPN do PCdoB:

Resolução da Comissão Política Nacional do PCdoB sobre a concessão de asilo político a Julian Assange

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) manifesta seu apoio e sua solidariedade com o presidente Rafael Correa e com as forças políticas progressistas do Equador, em especial como o Movimento Alianza Pais, diante da decisão de conceder asilo político a Julian Assange, fundador do site Wikileaks.

Ao publicar um conjunto de materiais que desnudaram as ações do imperialismo estadunidense, demonstrando cabalmente o jogo sujo de sua diplomacia, revelando clara ingerência na política interna nas nações com as quais mantém relações diplomáticas, Julian Assange está sendo objeto de ameaças e perseguição política por parte do governo dos Estados Unidos.

Declarando-se falsamente paladino da “liberdade de imprensa”, em especial na internet, o governo dos Estados Unidos faz cair esta máscara ao perseguir Julian Assange, utilizando como pretexto para a perseguição o produto de uma operação de inteligência realizada em território sueco para justificar sua prisão e posterior extradição ao território estadunidense.

Mais grave ainda é a ameaça do governo do Reino Unido de desrespeitar a Convenção de Genebra baseado em legislação nacional, sugerindo uma possível invasão da embaixada equatoriana em Londres, criando assim um gravíssimo precedente nas relações internacionais.

O PCdoB se soma às forças democráticas e progressistas de todo o mundo, que estão a apoiar o governo do Equador; a repudiar as ameaças do governo do Reino Unido; e a exigir deste o respeito às normas básicas já estabelecidas nas relações internacionais, e a concessão de salvo-conduto a Julian Assange para que este possa viajar ao território equatoriano.

Do Portal Vermelho