Chanceleres de 80 países participarão da Cúpula dos Não Alinhados
Ministros e vice-ministros de mais de 80 países participarão na Cúpula ministerial do Movimento de Países Não Alinhados (NOAL), que será realizada em Teerã a partir de amanhã, indicou uma fonte do movimento.
Publicado 27/08/2012 17:01
O porta-voz iraniano do Ministério de Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, informou o número de representantes à imprensa credenciada para o evento, que reunirá nos dias 30 e 31 de agosto chefes de Estado e de governo de mais de meia centena de países, segundo dados oficiais.
Esse encontro de chanceleres acontecem em seguida à reunião de dois dias realizada por especialistas no domingo e nesta segunda, que preparou a documentação que será analisada pelos ministros e seus substitutos na terça e na quarta-feira (29).
Outras fontes afirmam que na reunião de especialistas foi aprovado incluir na Declaração Final a condenação ao unilateralismo e o repúdio a todas as formas de ocupação.
O chanceler iraniano, Ali Akhbar Salehi, abriu o encontro de especialistas e embaixadores.
A comissão política foi dirigida por Cuba, país que foi parte da chamada troica do movimento desde a celebração do encontro de alto nível celebrado na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh em 2009, na condição de país sede da 14ª Cúpula, realizada em Havana.
O Egito, por sua vez, liderou o grupo que examinou a parte política da Declaração Final, um documento que agora passará ao exame dos chanceleres dos 120 países membros antes de obter a aprovação dos chefes de Estado desses países.
Ao mesmo tempo, fontes oficiais do Irã, que assumirá a presidência rotatória, saudaram a chegada a Teerã dos chanceleres do Kuwai, príncipe Mohamed al Sabah, do Barein, Khalid Bin Admad al-Khalifa e do Afganistão, Zalmai Rassoul.
Por outro lado, o diretor-geral para Assuntos Asiáticos do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ahmad Sobhani, assegurou nesta segunda-feira que os Estados membros do movimento têm como propósito estabelecer um mundo melhor na reunião de cúpula de 30 e 31 de agosto.
Em declarações à agência Irna, ele destacou que os países membros da organização mundial nunca aceitaram ou cederam às pressões e, sendo assim, apoiam a República Islâmica diante das políticas hostis das potências hegemônicas.
Estados Unidos e países europeus acusam Teerã de desenvolver um programa nuclear com fins bélicos, o que é negado pelo governo iraniano, que ratifica a finalidade de uso pacífico da energia nuclear.
"Embora o mundo bipolar já não exista, todavia há grandes países que insistem em intimidar os demais", sublinhou.
Conflitos como o palestino-israelense e a crise na Síria serão objeto de debate da 16ª cúpula do Movimento, anunciaram as autoridades iranianas.
Fonte: Prensa Latina