Lugo continua sem receber documentos oficiais da destituição

Após dois meses de dois meses do julgamento político no Congresso do Paraguai, Fernando Lugo continua até hoje sem receber documentos oficiais sobre o processo de sua destituição.

A denúncia foi apresentada por seu advogado, Emilio Camacho, que entrou com um mandado de habeas data perante o Poder Judiciário, expondo a ilegalidade que se comete ao não comunicar em tempo e adequadamente ao presidente tudo que está relacionado com a ação pela qual ele foi tirado de seu cargo.

O mencionado recurso é uma figura constitucional que prevê o direito de qualquer pessoa a ter acesso a informações e dados sobre si mesmo existentes em registos oficiais ou privados de caráter público.

A solicitação correspondente foi feito para o Congresso, autor do impeachment do presidente, imediatamente após o julgamento parlamentar contra sua pessoa, mas repetidos pedidos posteiriores não foram bem sucedidos e dificultam eventuais reivindicações internacionais Lugo.

Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal tampouco se pronunciou sobre o recurso de inconstitucionalidade contra o processo de impeachment efetuado e essa instância agora anuncia que somente em setembro isso será possível.

Para uma maior dilação, o recurso está em mãos do Ministério Público, enviado pelo Tribunal, para que emita um parecer sobre a argumentação jurídica antes de ser divulgada uma de cisão final.

A defesa de Lugo e outros advogados ressaltaram o ilógico do atraso na notificação com todos os documentos necessários e as razões dadas pelo Parlamento para a sanção ao presidente eleito em 2008.

Setores opositores viram nessa demora a intenção de criar todas as dificuldades possíveis para atrasar a apelação ante organismos internacionais pelo acelerado processo efetuado contra um chefe de Estado eleito pela população e a menos de 10 meses de novas eleições.

Fonte: Prensa Latina