IGP-M que mede contrato de aluguel acumula alta de 6,07% no ano

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,43% em agosto, depois de avançar 1,34% em julho, divulgou nesta quinta-feira (30), a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa ficou dentro do intervalo previsto nas estimativas do mercado. Até agosto, o IGP-M, índice bastante usado para reajuste de contratos de aluguel, acumula altas de 6,07% no ano e de 7,72% nos últimos 12 meses.

A desaceleração do subgrupo alimentos in natura, de 4,61% em julho para 0,98% em agosto, impediu um avanço maior do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), dentro do IGP-M. O IPA subiu 1,99% neste mês, após alta de 1,81% em julho.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), os bens finais subiram 0,71%, ante 1,04% em julho. Se excluídos os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de bens finais (ex) registrou variação positiva de 0,75%. Em julho, a taxa foi de +0,29%.

Os preços no atacado no estágio intermediário, que desaceleraram de 1,34% em julho para 0,83% em agosto, foram influenciados, principalmente, pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujos preços passaram de 1,36% para 0,59% no período.

O grupo Habitação foi o que mais contribuiu para a aceleração da alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em agosto ao variar de 0,18% em julho para uma alta de 0,29% neste mês, no âmbito IGP-M.

O destaque nesse índice ficou para o comportamento do item móveis para residência, cuja taxa de variação passou de -0,37% para +0,53% no período. O IPC como um todo acelerou de 0,25% em julho para 0,33% em agosto.

Dentro do IPC também apresentaram alta de preços acelerada, na passagem de julho para agosto, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais, cuja taxa passou de 0,32% para 0,43%; Educação, Leitura e Recreação, que saiu de 0,27% para 0,54%; e Comunicação, que variou positivamente 0,31% neste mês, ante +0,17% no anterior.

Em direção contrária, os grupos Alimentação (de 1,06% para 1,00%) e Despesas Diversas (de 0,39% para 0,24%), que apresentaram desaceleração da alta em suas taxas. Já os grupos Vestuário (de -0,83% para -0,58%) e Transportes (de -0,39% para -0,34%) reduziram suas taxas negativas.

Os itens que mais exerceram pressão de alta no IPC de agosto foram tomate (de 51,28% para 36,32%), plano e seguro de saúde (de 0,55% para 0,59%), cenoura (de 28,70% para 21,59%), sanduíches (de 1,36% para 1,55%) e taxa de água e esgoto residencial (de 0,00% para 1,04%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,32% em agosto, abaixo da variação positiva observada em julho, de 0,85%. A maior influência para a desaceleração foi do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços, cuja taxa passou de 0,63% em julho para 0,36% neste mês. O índice que representa o custo da mão de obra variou positivamente em 0,28% em agosto, ante +1,05% em julho.

Com Agência Estado