Fiscais do trabalho resgatam oito trabalhadores no Pará

O Grupo Especial de Fiscalização Móvel resgatou oito trabalhadores que desempenhavam trabalho em condições análogas a de escravo na fazenda Alô Brasil, localizada na região de Rio Preto, zona rural de Marabá (PA), distante cerca 180 km da capital paraense. Os trabalhadores não possuíam carteira de trabalho assinada nem recebiam os salários de forma integral e no prazo legal. 

O empregador também não fornecia equipamentos de proteção individual e os alojava em barracos de lona plástica e de palha. Os trabalhadores utilizavam a água de córregos para cozinhar, beber, lavar roupas e utensílios e tomar banho. Não dispunham de local adequado para preparo das refeições. Também não havia instalações sanitárias o que os obrigavam a realizarem as suas necessidades fisiológicas dentro da mata.

A ação aconteceu entre os dias 22 a 28 de agosto e o grupo de fiscais estava composto por membros do Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Polícia Federal e membro da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o trabalho escravo.

Ao final da operação, os auditores fiscais do trabalho emitiram autos de infração e realizaram os cálculos das rescisões dos trabalhadores que totalizaram cerca de R$25 mil. Também emitiram as guias de seguro desemprego do trabalhador resgatado para os oito trabalhadores. O empregador firmou Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público do Trabalho em que se comprometeu a pagar R$ 1.200,00 (um mil e duzentos) reais a cada trabalhador.

Da Redação em Brasília
Com informações do Ministério do Trabalho