Eterna Rainha do Rádio: 40 anos sem Dalva de Oliveira 

Vicentina de Paula Oliveira, nasceu em 5 de maio de 1917, em Rio Claro, interior de São Paulo. Filha do saxofonista Mario Oliveira, a artista acompanhava o conjunto do pai, os Oito Batutas, nas festas e serenatas em que se apresentavam. Em 1926, com a morte de seu pai, Dalva foi com as irmãs para o orfanato Colégio Tamandaré, onde estudou piano, órgão e canto coral.

Aos 11 anos teve que deixar o colégio por causa de infecções nos olhos. A cantora foi para São Paulo trabalhar como babá. Antes de iniciar sua carreira, Dalva foi ajudante de cozinha, arrumadeira e faxineira. Trabalhou em uma escola de dança, onde aproveitava o piano para tocar e cantar. Foi descoberta por um dos professores que a convidou para fazer parte da turnê de Antônio Zovetti.

Em 1933, foi aprovada na Rádio Mineira e adotou o nome Dalva de Oliveira. No ano seguinte, seguiu para o Rio de Janeiro e foi trabalhar em uma fábrica de chinelos como costureira. Um dos donos da fábrica era Milton Guita, o Milonguita, que era sócio da Rádio Ipanema. Ele convidou-a para fazer testes na rádio. Desde então, Dalva não parou mais de cantar. Passou pelas rádios Sociedade, Cruzeiro do Sul — onde chegou a cantar com Noel Rosa– e Rádio Philips.

Em 1952, foi eleita Rainha do Rádio. Em turnê pela Argentina, conheceu Tito Clemente, que tornou-se seu empresário e, posteriormente, seu marido. Participou ainda de outros filmes, antes de fazer uma turnê pela Europa, em 1953. Foi morar na Argentina e voltava ao Brasil para curtas temporadas até o ano de 1963, quando voltou a morar no país. Dalva de Oliveira morreu em 31 de agosto de 1972, de hemorragia interna , supostamente causada por um câncer no esôfago.