Aldo Rebelo, a égua Tina e o Grito de Independência

No lombo da égua Tina, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, refez nesta sexta-feira (7) o trajeto feito por Dom Pedro I entre a baixada santista e as margens do Rio Ipiranga. Filho do vaqueiro José Figueiredo, o ministro cavaleiro não teme os efeitos da longa Cavalgada da Independência: assaduras e quadril estropiado. O trajeto entre a cidade de Cubatão e o Parque da Independência, na capital paulista, tem 42 quilômetros, sendo 20 a cavalo e outros 22 de carro.

"Já levei muito tombo. Monto cavalo desde os três anos de idade, quando morava na fazenda, em Viçosa, nas terras de Teotônio Vilela pai. Vou até o final, não vou abandonar os companheiros no meio do caminho. A gente vai parando para comer e dar água aos animais", explica o "dom Pedro das Alagoas".

No final da cavalgada houve uma encenação do Grito do Ipiranga. O ator Eriberto Leão representou o papel do monarca. No ato que marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política brasileira, foi repetido o recebimento das cartas pelo príncipe Dom Pedro I, com interpretação de sua fala e do Grito.

Aldo não foi vestido a caráter. Seu traje de cavaleiro foi composto de chapéu, bota e perneira. E disse já estar acostumado com longas cavalgadas. Percorreu os 40 quilômetros da Cavalgada do Mar, em Imbé (RS), e os 79 quilômetros nas margens do Tietê na cavalgada que saiu de Santo Amaro até Pirapora.

E já se prepara para participar da Cavalgada da Liberdade, no dia 18 de novembro, saindo da Serra da Barriga – onde Zumbi morava – até a Serra dos Palmares, em Alagoas. O percurso será de 52 quilômetros.

Além de Aldo Rebelo, participaram da Cavalgada da Independência três atletas olímpicos: o coronel Jefferson Signaolin e as 3º sargentos Luiza Novaes e Yane Marques (medalha de bronze no pentatlo moderno nos Jogos de Londres).

Agência O Globo