Camila Vallejo: A Cúpula será vital na luta contra o imperialismo

Cerca de 20 comissões serão implementadas na Primeira Cúpula Social por um Novo Chile que foi inaugurada nesta sexta-feira (7), em Santiago, com o obejtivo de focar na busca de alternativas ao modelo neoliberal que impera no país.

 O encontro, cuja sede central será o Congresso Nacional de Santiago, foi convocado por um amplo base de organizações gremiais, sindicais, meio-ambientais e culturais, entre muitas outras.

"Foram convidados centenas de porta-vozes de organizações para um debate social pensando o Chile que queremos", afirmou o líder da organização Patagonia sem Represas, Patricio Rodrigo.

Serão 17 comissões temáticas, explicou a convocação para o encontro que ilustrou como no Chile, uma pessoa entre os 10% mais ricos do país ganha em média 46 vezes mais que uma pessoa no segmento dos 10% mais pobres.

No Chile há uma exploração irracional dos recursos naturais em benefício de interesses de um pequeno punhado de grupos econômicos, nacionais e estrangeiros, além de uma severa exclusão dos povos originários, sublinhou um comunicado público.

Um dos eixos centrais da Cúpula Social é a chamada Assembleia Constituinte que abre o caminho para uma nova Constituição no país. Outros temas destacados serão educação, saúde, meio ambiente e povos originários.

Em opinião da líder universitária Camila Vallejo, a cúpula é um espaço de vital importância para envolver a sociedade civil em torno da construção do Chile que ela precisa e exige.

O mal-estar expressado desde 2011 nos indica e coloca em evidência que há um modelo de desenvolvimento econômico perverso no Chile e há um sistema político que tem sérios problemas e sérias debilidades, comentou.

Sublinhou que não são os que estão no poder que vão resolver esse problema, senão o movimento social organizado, articulado e unificado em torno de uma alternativa comum de desenvolvimento no plano econômico, político, social e cultural.

Fonte: Prensa Latina