Conab busca normalizar transporte do milho

Leilão para contratação de caminhões atraiu poucos interessados

Mesmo reajustando o preço do frete em 15%, o Governo não conseguiu contratar caminhões suficientes para o transporte de milho da região Centro-Oeste para abastecer os criadores nordestinos que enfrentam dificuldades com a seca, incluindo os do Piauí, que vivem uma das maiores estiagens de toda a sua história.

Devido à pouca procura no leilão do último dia 6, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já marcou para a próxima sexta-feira (14) uma nova oferta pública para contratação de frete, em mais uma tentativa de resolver a questão. Os caminhoneiros alegam que os preços atuais provocam prejuízos nas viagens para o Nordeste, porque não há carga de volta.

No leilão realizado na semana passada, o Governo pretendia contratar transporte para a remoção de 116,815 mil toneladas de milho dos estados do Mato Grosso e de Goiás para os estados de Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, mas apenas quatro dos sete lotes foram comercializados. O leilão do dia 14 oferecerá os mesmos lotes.

A direção da Conab, através de notas, reitera que as dificuldades no transporte do milho decorrem de fatores alheios à vontade do Governo e garante que todos os esforços estão sendo realizados em busca de soluções rápidas.

O milho a preço subsidiado estava sendo vendido pela Conab no Piauí a R$ 0,18 o quilo, menos da metade do preço praticado no mercado. O produto é destinado a criadores da região da seca, para que eles possam alimentar seus rebanho, mas desde junho a dificuldade de transporte provocou o desabastecimento.