Carteiros podem deflagrar greve na semana que vem
Os 110 mil trabalhadores das Empresas de Correios e Telégrafos de todo o país se preparam para cruzarem os braços por tempo indeterminado para reivindicar reajuste salarial de 10% (sendo 5% de ganho real). Doze sindicatos já estão em estado de greve e deverão se reunir novamente na terça (18) para votar indicativo de greve para dia 19. Nesta terça (11), outras cinco entidades se reúnem para votar a proposta de paralisação.
Publicado 11/09/2012 19:30
Trabalhadores de Minas Gerais, Pará e Distrito Federal estão entre os que já realizaram assembleias e estão em estado de greve. As informações são do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios de São Paulo (Sintect-SP), que também deve rejeitar a proposta patronal e aprovar o indicativo de greve, na noite de hoje. Além da capital paulista, também realizam assembleias neste mesmo dia Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins e Rio grande do Norte.
Entre as reivindicações da categoria também estão aumento do tíquete-refeição de R$ 25 para R$ 28, aumento do vale-cesta de R$ 140 para R$ 160, aumento linear de R$ 100 para todos os trabalhadores, manutenção de assistência médica nos mesmos moldes do acordo anterior, de 2011, além de um talão extra do tíquete-refeição em dezembro .
“Até o dia 18 todos os sindicatos do país deverão realizar suas assembleias para votar o indicativo de greve. A tendência é que seja aprovado”, contou Elias Cesário de Brito Júnior, o Divisa, presidente do Sintect-SP.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), por sua vez, ofereceu 5,2% de reajuste salarial e o mesmo percentual seria aplicado a benefícios como vale-alimentação e auxílio-creche. Com isso, o salário-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo passaria de R$ 942 para R$ 991.
“A categoria está rejeintando a proposta e aguarda novo posicionamento da empresa até o dia 18. Esperamos por isso”, reforçou Divisa, lembrando a greve protagonizada pelos carteiros em 2011, que durou 29 dias.
Deborah Moreira
Da redação