Caravana mexicana pela paz conclui jornada em 25 cidades dos EUA

O chamado pelo fim da violência no México chegou a 25 cidades dos Estados Unidos, cumprindo assim seu objetivo a Caravana pela Paz que conclui nesta quarta-feira (12) sua viagem de um mês.

O líder do grupo, o poeta Javier Sicília, afirmou na última terça-feira (11) que pediu ao Departamento de Estado uma atitude mais enérgica com o governo mexicano no tema da defesa dos direitos humanos.

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Durante uma coletiva de imprensa nas escadas da Igreja Luterana Reformista de Washington, Sicília instou os Estados Unidos a serem "mais rígidos", em assuntos como a não aplicação da lei, assim como sobre os protocolos para defender jornalistas e ativistas.

"Pedimos uma ação bem mais forte e mais forte em relação a nossas autoridades", destacou o ativista ao fazer referência a sua reunião com a subsecretária de Estado para Democracia e Assuntos Globais, María Otero.

Segundo o programa, nesta quarta-feira (12) serão realizadas uma marcha final de sua visita aos Estados Unidos, com um contingente que partirá da Igreja Episcopal da Encarnação até o Parque Malcolm X de Washington.

O ativista entregou também ao embaixador mexicano Arturo Sarukhán um bloco de cimento com fragmentos de armas encapsuladas e pediu que as fizesse chegar à Casa Branca.

"Achamos que as corporações têm abusado das armas", advertiu Sicília na sede diplomática mexicana na capital estadunidense. Segundo declarou, ao chegar em Washington, a ideia era colocar na agenda política nacional, em plena campanha eleitoral, "a temática da paz e o conflito da violência que a guerra contra as drogas tem gerado no México".

Um processo, segundo Sicília, no qual os Estados Unidos joga um papel importante por ser o principal consumidor de narcóticos do mundo, pela venda indiscriminada de armas e pela lavagem de dinheiro, entre outros.

A Caravana pela Paz saiu no último dia 12 de agosto da cidade fronteiriça de Tijuana (México) e nesta capital estão previstas várias atividades, entre elas audiências com congressistas e funcionários públicos do Departamento de Estado.

Viajamos através dos Estados Unidos para criar consciência sobre a insuportável dor e perdas causadas pela guerra das drogas e da enorme responsabilidade compartilhada para proteger famílias e comunidades em ambos países, expressou Sicília, cujo filho foi assassinado pelo crime organizado em 2011.

De acordo com cifras oferecidas pelo poeta, no México perderam a vida mais de 70 mil pessoas nos últimos seis anos por causa da violência.

Fonte: Prensa Latina