Cuba apoia área livre de armas nucleares no Oriente Médio
Cuba apoiou nesta sexta-feira (14) na Junta de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) o estabelecimento de uma Zona Livre de Armas Nucleares no Oriente Médio, objetivo que considerou bloqueado pela posição de Israel.
Publicado 14/09/2012 17:11
Ao intervir no encerramento do foro, realizado em Viena na última segunda-feira, o representante cubano na Junta, Rodolfo Benítez, assinalou que o apoio de seu país à iniciativa responde à seu tradicional compromisso por um mundo sem essas armas de extermínio em massa.
"Apoiamos essas zonas em diferentes partes do planeta, em sintonia com os esforços para alcançar o objetivo do desarmamento nuclear", disse o diplomata, que considerou que no caso do Oriente Médio tal feito significaria além do mais um passo "transcendental" no processo de paz regional.
Entretanto, o diplomata advertiu que, para estabelecer uma Zona Livre de Armas Nucleares é necessária a adesão sem demora do Estado de Israel ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).
Israel é o único país da região que não faz parte do TNP nem manifesta a mínima intenção de fazê-lo, posição que se torna um obstáculo considerável para o estabelecimento de uma Zona Livre de Armas no Oriente Médio, avaliou Benítez.
Nesse sentido, o representante cubano pediu aos governos envolvidos na questão que detenham imediatamente a transferência para Israel de todo tipo de equipamento, informação, material e dispositivos de âmbito nuclear, assim como assistência científica e tecnológica nessa esfera, pelo período que Telavive não submeter suas instalações nucleares às investigações da AIEA.
De acordo com Benítez, Cuba apoia a decisão adotada pela 8ª Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear, que inclui um plano de ação detalhado para cumprir a Resolução 1995 sobre o Oriente Médio, mediante a celebração de uma conferência em 2012.
"Esperamos que se possa celebrar de maneira exitosa esta Conferência, com a participação de todos os Estados da região", expôs.
Fonte: Prensa Latina