Cuba apoia área livre de armas nucleares no Oriente Médio

Cuba apoiou nesta sexta-feira (14) na Junta de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) o estabelecimento de uma Zona Livre de Armas Nucleares no Oriente Médio, objetivo que considerou bloqueado pela posição de Israel.

Ao intervir no encerramento do foro, realizado em Viena na última segunda-feira, o representante cubano na Junta, Rodolfo Benítez, assinalou que o apoio de seu país à iniciativa responde à seu tradicional compromisso por um mundo sem essas armas de extermínio em massa.

"Apoiamos essas zonas em diferentes partes do planeta, em sintonia com os esforços para alcançar o objetivo do desarmamento nuclear", disse o diplomata, que considerou que no caso do Oriente Médio tal feito significaria além do mais um passo "transcendental" no processo de paz regional.

Entretanto, o diplomata advertiu que, para estabelecer uma Zona Livre de Armas Nucleares é necessária a adesão sem demora do Estado de Israel ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

Israel é o único país da região que não faz parte do TNP nem manifesta a mínima intenção de fazê-lo, posição que se torna um obstáculo considerável para o estabelecimento de uma Zona Livre de Armas no Oriente Médio, avaliou Benítez.

Nesse sentido, o representante cubano pediu aos governos envolvidos na questão que detenham imediatamente a transferência para Israel de todo tipo de equipamento, informação, material e dispositivos de âmbito nuclear, assim como assistência científica e tecnológica nessa esfera, pelo período que Telavive não submeter suas instalações nucleares às investigações da AIEA.

De acordo com Benítez, Cuba apoia a decisão adotada pela 8ª Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear, que inclui um plano de ação detalhado para cumprir a Resolução 1995 sobre o Oriente Médio, mediante a celebração de uma conferência em 2012.

"Esperamos que se possa celebrar de maneira exitosa esta Conferência, com a participação de todos os Estados da região", expôs.

Fonte: Prensa Latina