Na Semana da Mobilidade 52% acham trânsito péssimo em S. Paulo

Oitenta por cento dos paulistanos consideram o trânsito na cidade "ruim ou péssimo". O dado é de uma pesquisa do Ibope, divulgada na manhã desta segunda-feira (17). Na cidade, onde se gasta, em média, duas horas e meia com deslocamento, o trânsito é visto como "péssimo" por 52%, maior que índice de 2011, que era 37%. No ano passado, o trânsito era visto como "ruim" por 22% dos paulistanos e, neste ano, subiu para 28%.

A pesquisa, em sua sexta edição e com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, foi divulgada em parceria com a Rede Nossa São Paulo na Câmara Municipal, no centro. A ação integra a Semana da Mobilidade na capital, que começou ontem e vai até sábado, 22, quando se celebra o Dia Mundial Sem Carro.

Na zona sul, região mais afetada pelos congestionamentos, chega a 82% o número de moradores que acham o trânsito "ruim ou péssimo". Para 39% dos entrevistados da região, que é a mais populosa de São Paulo, esse é o maior problema da capital. Ali, o tempo médio gasto no deslocamento diário sobe para 2h40min.

O levantamento foi feito entre 17 e 24 de agosto com 805 pessoas de 16 anos ou mais residentes na cidade. De acordo com a pesquisa, cerca de um terço dos paulistanos gasta uma hora e meia ou mais nos seus deslocamentos só para ir e voltar da sua atividade principal, como trabalho ou estudo.

No ano passado, o trânsito era visto como "ruim" por 22% dos paulistanos. Em 2012, esse índice subiu para 28%. Na categoria "péssimo", a oscilação foi de 37% para 52% no período.

O transporte coletivo foi apontado como problemático por 23% dos entrevistados, ante 22% ano passado. Por sua vez, o trânsito passou de 43% no ano passado para 32%. Nessa categoria, a saúde é apontada por 69% dos paulistanos como o maior problema da cidade, seguida de segurança pública, com 45% das menções, e da educação, com 43%.

Outro dado indica que um número elevado de paulistanos que hoje se locomovem de carro todos os dias ou quase diariamente deixaria de usá-lo se "houvesse uma boa alternativa de transporte". A maioria (65%) afirmou que poderia abandonar o automóvel.

A ampliação de linhas de metrô e corredores de ônibus é a medida mais pedida pelos entrevistados: 41% deles querem mais desses meios de transporte, ante 34% no ano passado.

Com Agência Estado