Preservativo usado como prova não tem DNA de Assange
Um dos preservativos entregues como prova à polícia por uma das acusadoras do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, no caso de abuso sexual, não contém o seu DNA.
Publicado 17/09/2012 15:59
A denunciante, de 33 anos de idade, sustenta que o jornalista rompeu intencionalmente o preservativo para realizar sexo sem proteção em 2010. Mas, após ter sido examinado em laboratórios forenses, o preservativo rasgado, fornecido pela vítima, não acusou nenhum vestígio do DNA do jornalista.
Estas e mais informações foram divulgadas pelo diário britânico Daily Mail, que teve acesso a um relatório policial com mais de 100 páginas e em que são descritos pormenores da investigação contra Assange.
Asilado na embaixada do Equador em Londres, Assange, por sua vez, nega essas acusações e alega que, depois do dia do suposto delito, conviveu ao menos mais uma semana em seu apartamento de Estocolmo com essa mulher, sem que ela em nenhum momento falasse do incidente.
O DNA do inimigo público número um dos serviços secretos de Washington foi encontrado em outro preservativo apresentado pela segunda acusadora, que diz ter sido violentada enquanto dormia, informou o canal de televisão Russia Today.
Com relação a este caso, o jornalista, perseguido depois de revelar na Internet detalhes do hegemonismo estadunidense em suas relações diplomáticas, assegura que se tratou de sexo com consentimento.
Sobre a base destas acusações, a justiça sueca pode processar juridicamente o jornalista. Estocolmo quer a extradição de Assange para que ele seja interrogado sobre os dois incidentes.
Assange permanece refugiado na embaixada do Equador em Londres, onde recebeu asilo diplomático para evitar a extradição, devido ao temor de que esta derive em outra, para os Estados Unidos, onde pode ser condenado à morte pela publicação de telegramas diplomáticos.
Por meio do Wikileaks foram divulgados milhares de documentos diplomáticos confidenciais e comprometedores para diversos governos, em particular para os Estados Unidos, cuja política hegemônica e de ingerência ficou evidenciada com fatos concretos.
Por diversas vias, Washington e seus aliados ocidentais pressionaram até que, em dezembro de 2010, Assange foi detido por requerimento da Suécia e mantido sob detenção domiciliar no Reino Unido.
Sua defesa alegou que a ordem para sua entrega foi emitida por um promotor e não por um juiz, o que legalmente a invalida segundo os advogados, mas três tribunais, incluído o Supremo, sentenciaram a favor da extradição.
Esta corrente de sentenças desfavoráveis faz com que os advogados e a opinião pública internacional temam que, uma vez em Estocolmo, o jornalista seja entregue aos Estados Unidos para ser julgado por traição devido à divulgação dos telegramas diplomáticos.
Com Prensa Latina