Vice-governador e deputado do PMDB se defendem de acusações
O deputado Rôney Nemer (PMDB) se defendeu pela primeira vez,nesta terça, das acusações sobre suposta participação no esquema de corrupção conhecido como Mensalão do DEM, deflagrado pela Operação Caixa de Pandora.
Publicado 19/09/2012 10:30 | Editado 04/03/2020 16:40
O delator Durval Barbosa foi ouvido e afirmou que nunca entregou dinheiro ao deputado, e que o único contato que teve com Rôney foi para empregar um irmão dele.
Entretanto, por meio das gravações interceptadas pela Polícia Federal, Durval garantiu que é possível constatar a participação do deputado, que receberia mesadas de R$ 30 mil e R$ 11,5 mil. Rôney negou qualquer participação. “Se contabilizaram dinheiro com o meu nome foi sem minha autorização, pois nunca recebi qualquer quantia”, declarou.
O nome do distrital teria aparecido em uma conversa entre o ex-governador José Roberto Arruda, Durval Barbosa e o ex-chefe da Casa Civil do DF, José Geraldo Maciel. Segundo Durval, Rôney passou a apoiar o governo de Arruda após Fábio Simão cooptar o Tadeu Filippelli (PMDB), a mando de Arruda. O então governador teria confessado, durante uma reunião da cúpula de governo, que o apoio teria custado R$ 1 milhão ao mês, mas que se Filippelli tivesse pedido o dobro, pagaria.
Ainda segundo Durval, Arruda também contou que o dinheiro era distribuído por Filippelli e dividido com outros quatro líderes do PMDB: "Michel Temer, Aluísio Alves e um tal Cunha, que não recordo o prenome. Havia um quinto participante, mas já morreu”.
Declarações “absurdas”
Por meio de nota, Filippelli se defendeu e disse que as declarações “são irresponsáveis e absurdas”, e fazem parte de uma ação em que ele nem é citado. “Creio que o principal objetivo deste elemento, ao referir-se ao meu nome, é valorizar a sua condição de delator e tentar denegrir a minha imagem, sem que consiga apresentar nenhuma prova que sustente”, disse na nota. Filippelli afirmou ainda que a assessoria jurídica avaliará as medidas cabíveis para o caso.