Chuva atrapalhou o Dia Mundial Sem Carro
A chuva que começou sexta-feira a noite e aliviou a seca de 96 dias em Brasília atrapalhou o evento de comemoração do Dia Mundial Sem Carro na zona central da cidade sábado.
Publicado 24/09/2012 09:40 | Editado 04/03/2020 16:40
Em um dos pontos mais movimentados da capital, a rua que separa um shopping da plataforma superior do principal terminal rodoviário da cidade foi fechada para que o coletivo de organizações não governamentais pudesse ocupar o espaço com diversas atividades para a população que costuma lotar a região em dias menos nublados.
Mas, diante da chuva e do precário transporte coletivo de Brasília, que fica ainda pior nos fins de semana, o resultado foi um evento vazio e estacionamentos lotados.Nos fins de semana, as linhas de ônibus ficam piores que nos dias úteis e isso prejudica o fluxo de pessoas das cidades satélites para o Plano Piloto, onde se concentra a maior parte das atividades de lazer de Brasília. Além disso, as políticas de transportes priorizam os carros, tornando a cidade mais caótica e menos humana.
A Universidade de Brasília (UnB) se uniu ao coletivo Dia Mundial Sem Carro para fazer um abaixo-assinado a ser entregue para a presidenta Dilma Rousseff e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Eles querem que o transporte regional de trens de passageiros seja reativado e os ônibus circulares façam a ligação até os terminais de trem e metrô. Além disso, há a reivindicação por uma tarifa única, para que o cidadão possa se locomover por diversos meios pagando um único preço.
“Uma grande cidade precisa hoje de transporte de massa, com trens urbanos, além do metrô e de ônibus circulares pontuais e com energia limpa levando as pessoas até as estações a preços acessíveis. É uma tendência na Europa, nos Estados Unidos e na China”, aponta a professora Maria Rosa Abreu, que faz parte do projeto Cidade Verde, da universidade.