Emprego cai na indústria e construção civil mas sobe no comércio

O nível de emprego no mês de agosto foi sustentado exclusivamente pelos setores de comércio e reparação de veículos, aponta levantamento divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

Emprego

O estudo mostra que todos os demais segmentos tiveram diminuição de postos de trabalho de julho a agosto. Apenas no comércio houve criação de 88 mil vagas.

O setor de serviços – que costuma ter bom desempenho – registrou queda de mil vagas. A indústria de transformação, por sua vez, teve redução de 3 mil postos e a construção civil diminuiu em 58 mil o número de ocupados. “O segmento que mais se retraiu foi o da construção civil. O setor está em um momento de inflexão do mercado. Muitos estímulos geram uma formação de estoque”, analisou a economista Lúcia dos Santos Garcia, coordenadora da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED).

Ela avaliou ainda o cenário na indústria de transformação. “Este setor vive um momento de impasse. Ainda vamos observar a mudança de desempenho em função dos estímulos para o setor. No entanto, ainda exerce grande peso o cenário internacional desfavorável. Existem condições gerais que ainda afligem o setor”, explicou.

Em relação ao rendimento médio real dos ocupados (nas seis regiões metropolitanas pesquisadas e no Distrito Federal), houve crescimento de 0,5%, passando de R$ 1.509 para R$ 1.546. Os acréscimos foram registrados no Recife com alta de 1,4%, passando para R$ 1.111; em São Paulo (1%, chegando a R$ 1.682) e em Salvador, 0,7% de crescimento, R$ 1.039.

As quedas ocorreram no Distrito Federal (-1,6%, R$ 2.166), em Fortaleza (-0,7%, R$ 995), em Porto Alegre (-0,3%, R$ 1.546) e em Belo Horizonte (-0,1%, R$ 1.359).

Fonte: Agência Brasil