Após quatro meses de recuo, emprego industrial cresce 0,2%

O emprego na indústria teve variação positiva de 0,2% em julho deste ano, comparado a junho, mas a folha de pagamento apresentou queda de 1%. Os índices são parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário divulgada nesta quarta (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números de emprego em julho apresentam o primeiro resultado positivo após quatro meses de queda.

Na relação com julho de 2011, o contingente de trabalhadores caiu em 12 dos 14 locais pesquisados. A série de resultados negativos leva a um recuo acumulado de 1,3% no ano. O principal impacto negativo, segundo o IBGE, ocorreu em São Paulo (-3,1%), pressionado em grande parte pelas taxas negativas registradas em 14 dos 18 setores verificados. As maiores reduções ocorreram nas indústrias de produtos de metal (-12,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,6%), metalurgia básica (-17,3%), meios de transporte (-4,6%), vestuário (-9,1%), têxtil (-7,0%) e calçados e couro (-12,4%).

Folha de pagamento

O valor da folha de pagamento real (descontada a inflação) dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 1% na comparação com junho, mas cresceu 2,5% em relação a julho de 2011. Nesta última comparação, o resultado é o 31º positivo consecutivo.

Segundo o IBGE, na comparação com julho de 2011, houve alta na remuneração em 12 de 14 locais investigados. As maiores influências sobre o total nacional foram verificadas em Minas Gerais (5,6%), impulsionada em grande parte pelo aumento no valor da folha de pagamento nos setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (23,5%), meios de transporte (9,0%) e alimentos e bebidas (5,8%); Paraná (6,7%), com influência de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (43,0%), alimentos e bebidas (10,5%) e máquinas e equipamentos (11,4%); e região Nordeste (5,5%), em função de metalurgia básica (33,2%), alimentos e bebidas (4,3%) e meios de transporte (18,0%).

No acumulado do ano, houve avanço de 3,7% na remuneração, reduzindo o ritmo de crescimento frente ao fechamento do primeiro semestre do ano (3,9%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, foi registrado crescimento de 3,6% em julho, igual resultado de junho.

Informações da Agência Brasil e Folha de S.Paulo