Greve dos Correios continua e nova audiência acontece na quinta

Em mais uma rodada de negociação, durante audiência de conciliação na terça-feira (25), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, entre representantes da Empresa dos Correios e Telégrafos (ECT) e dos trabalhadores. Por conta disso, uma assembleia ocorrida na noite de terça-feira (25) decidiu pela manutenção da paralisação da categoria. Uma nova audiência está marcada para quinta-feira (27), às 13h30.

Durante a audiência, realizada no CMTC Clube, zona norte da capital paulista, ocorreu a leitura do informe nº 5 dos Sindicatos Unificados (São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru e Tocantins), que dá detalhes sobre a reunião realizada na terça no TST, sobre o Dissídio Coletivo. Os trabalhadores que são favoráveis a um acordo reconheceram o esforço da ministra Kátia Arruda, que comandou a audiência, em encontrar consenso entre as partes.

Depois, Ricardo Adriane R. de Souza, o Peixe, secretário-geral do Sindicato dos Correios de São Paulo (Sintect-SP), filiado à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), explicou a nova proposta de conciliação apresentada ontem pela Ministra Kátia Arruda, de garantir R$ 60 de aumento real de forma linear, o que foi recusado pela ECT. Informou ainda sobre a proposta apresentada pelo Ministério Público de reajuste salarial de 8,5%, o que também foi recusado pela ECT, que continuou sem apresentar nenhuma contraproposta, mantendo o impasse e gerando protestos de todas as partes, inclusive do TST e Ministério público segundo dirigentes durante a assembleia.

Segundo Peixe, o Ministério Público está farto da postura intransigente da ECT, o que foi aplaudido por todos os presentes. Após esses esclarecimentos foi colocada em votação a continuidade da Greve, o que foi aprovado por todos os presentes.

Empresa

A ECT divulgou nota em sua página afirmando que "não houve acordo entre os Correios e o sindicato na audiência de conciliação desta terça-feira (25), no TST, já que as propostas apresentadas pelo tribunal ultrapassam a capacidade financeira da empresa, causando impactos sempre superiores ao lucro operacional registrado no primeiro semestre de 2012." A proposta da empresa prevê reajuste de 5,2% nos salários e benefícios.

Os trabalhadores dos sindicatos unificados reivindicam, além da reposição de 5,2%, 5% de aumento real; reajuste linear de R$ 100; aumento do tíquete-refeição de R$ 25 para R$ 28; um talão extra do tíquete-refeição em dezembro; aumento do vale-cesta de R$ 140 para R$ 160; e manutenção de assistência médica tal qual foi negociada em 2011.

Já a federação (Fentect) reivindica 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil.

Repúdio

Peixe também apresentou uma proposta de Moção de Repúdio aos membros do PCO que de forma covarde agrediram o companheiro Jacó em Brasília. Esclareceu ainda que o companheiro Jacó, que atualmente trabalha nos Correios na capital federal, já trabalhou em São Paulo, tendo sido diretor de nosso sindicato. De forma unânime, a assembleia aprovou a moção de Repúdio à atitude covarde de agredir o companheiro. O dirigente do Sintect-SP esclareceu ainda que devido à nova súmula do TST (277), que garante que os Acordos Coletivos passam a valer no contrato individual dos trabalhadores, a ECT quer levar o Dissídio para julgamento.

Da redação do Vermelho com agências