África do Sul inicia investigação sobre massacre de mineiros

Uma comissão oficial nomeada pelo governo sul-africano iniciou nesta segunda (1) o inquérito para apurar as responsabilidades em relação à morte no último mês de agosto de 45 trabalhadores na mina de platina de Marikana.

A comissão inaugurou sua primeira sessão no centro cívico de Rustemburgo, a 100 km de Johanesburgo, com o comparecimento das partes interessadas, entre elas, os representantes das famílias das 45 vítimas e dos 270 mineiros presos durante a revolta.

A investigação deverá esclarecer as circunstâncias das mortes, e especialmente do massacre de Marikana em 16 de agosto, quando dezenas de mineiros morreram alvejados por tiros da polícia durante um protesto. A comissão, designada pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, visitará hoje o local do massacre para começar suas sessões formais na próxima quarta-feira, 3 de outubro, que serão abertas ao público e transmitidas pela televisão, informou a agência governamental de notícias SANews.

O grupo tem o prazo de quatro meses para investigar os fatos, assim como para determinar as responsabilidades da mineradora Lonmin, proprietária da mina em que ocorreu a greve, dos sindicatos sul-africanos, da polícia e dos próprios trabalhadores.

As imagens dantescas do massacre de mineiros em Marikana percorreram o mundo, que repudiou esses violentos fatos de sangue e os comparou com os brutais métodos empregados contra os sul-africanos na época do regime racista do apartheid.

Com agências