Campanha de mentiras sobre a Síria persiste

A campanha de mentiras orquestrada contra a Síria se mantém, embora muitas vezes os informantes fracassem, denunciou nesta terça (2) uma fonte oficial à Prensa Latina.

Por Luis Beaton, em Prensa Latina

O funcionário, que pediu anonimato, fez referência a um relatório divulgado no domingo passado por uma importante e estabelecida agência de notícias internacional, que estava "mal informada pelas testemunhas."

"Um número desconhecido de pessoas morreram ou ficaram feridas após uma forte explosão na Praça das Sete Fontes, perto do Banco Central da Síria, no centro de Damasco", disseram testemunhas, segundo a agência.

A explosão ocorreu por volta de 14h30, antes do final da jornada de trabalho. Até agora, as autoridades não informaram sobre o incidente, especificou o meio de comunicação europeu.

A realidade dista muito desta informação. Essa área da capital nesta hora do dia era um formigueiro de pessoas que, em avenidas adjacentes, tratavam de adquirir produtos com descontos, especialmente de vestuário, diante da mudança de estação, com a chegada do inverno em breve.

A Prensa Latina esteve na área, por coincidência, e não viu nada de anormal durante uma passagem pelas proximidades da chamada praça das Sete Fontes. Inclusive, das 18h até as 20h30, o ambiente em áreas como a Praça do Governo não evidenciava que tivesse aconteciado qualquer explosão por perto.

Segundo a fonte, que trabalha em um escritório do governo, é preciso ter cuidado com as "testemunhas" no país, pois alguns criam situações de guerra. Ele citou o exemplo da queima de pneus nos telhados de alguns edifícios para descrever explosões ou ataques aviação.

Essa foi prática recorrente aqui na capital, quando ocorreram os incidentes que os grupos armado resolveram chamar de a "Batalha de Damasco".

A fonte também chamou a atenção para documentos levados ao ar pela rede de televisão Al-Arabiya que – segundo este veículo – foram recebidos de opositores do governo e que implica as autoridades de Damasco em vários atentados com carros-bomba contra a população civil.

O funcionário esclareceu que não há nenhuma instituição no país como a citada na farsa encenada pela estação de televisão, e os dados fornecidos são totalmente falsas.