Chávez: "Futuro da Venezuela depende deste 7 de outubro"

"O que acontecerá na Venezuela daqui a 100 anos vai depender das eleições presidenciais de 7 de outubro. É uma batalha memorável, de modo que ninguém deve baixar a guarda, porque em 7 de outubro, estamos julgando a vida da pátria e os próximos 100 anos de Venezuela ", disse, nesta terça-feira (2), o candidato socialista, Hugo Chávez, em sua passagem pelos estados de Yaracuy e Lara.

chávez

Segundo ele, cabe à juventude venezuelana construir a pátria do século 21: "Vão tomando as rédeas do futuro, não permitam que lhes roubem o futuro, seria um verdadeiro desastre".

De Yaritagua, município de Peña do estado Yaracuy, o candidato socialista disse que a direita propõe que a Venezuela dê um salto para trás, de 20 anos, e retorne ao neoliberalismo. Por isso, salientou a importância de prosseguir com as conquistas alcançadas pela revolução nos últimos 14 anos.

"O que vamos fazer no futuro será 100 vezes maior do que o que conseguimos até agora", disse Chávez. Ele lembrou que o governo Bolivariano tirou a Venezuela de uma tormanta na qual estava metida, quando o país era governado pela burguesia.

"Era uma realidade assustadora. Muita gente não se lembra de como era a Venezuela há 20 anos, como a Venezuela foi há 15 anos. Vocês sabem que mais de 60% da população vivia na pobreza", lembrou Chávez, que também disse que o atual governo conseguiu reduzir mais da metade da taxa de pobreza em apenas 14 anos.

"Vocês têm que saber que essa pobreza na Venezuela se acumulou durante 200 anos, ou seja, em 10 anos baixamos a pobreza acumulada por 200 anos em mais de metade", citou.

Níveis de pobreza e desemprego a zero

O líder socialista apontou que a batalha central de seu novo mandato presidencial 2013-2019 será reduzir a zero os níveis de pobreza no país. "Maior eficiência, enfrentar os muitos problemas que ainda afligem o povo venezuelano, todos derivados do capitalismo, da pobreza herdada de quase 200 anos", disse Chávez.

Ele ressaltou que em apenas 10 anos de revolução, conseguiu reduziu a pobreza extrema de 25% para 7%, mas cerca de 7 milhões de venezuelanos ainda vivem na pobreza. "Esse é o objetivo: reduzir os níveis de pobreza a zero. Não deve haver miséria na Venezuela", insistiu ele.

Também ressaltou que um dos principais objetivos do plano socialista de governo para o período 2013-2019 é zerar os níveis de desemprego.

Há 14 anos, a taxa de desemprego na Venezuela era de 14%, agora está em 7%, "quando terminar o próximo mandato presidencial o desemprego deve ser zero", previu Chávez.

Ele se referiu ainda a melhorias n área da saúde, como o funcionamento de 580 Centros de Diagnóstico Integral (CDI), 600 salas de Reabilitação Integral (SRI), 35 Centros de Tecnologia Avançada (CAT), 6 mil consultórios médicos populares e a graduação de cinco vezes mais médicos que os que ingressavam em governos anteriores.

"Os pobres não tinham para onde ir na hora de uma doença ou para prevení-la. Nós construímos 20 hospitais em 10 anos. Estamos construindo mais 11 e, no período seguinte, temos planejados mais 10 novos hospitais especializados, para dar mais saúde e mais qualidade a todo o povo venezuelano".

Neste contexto, ele lembrou que o processo bolivariano que está sendo construído é a pátrianpara as crianças e jovens venezuelanos. "Tudo isso está em jogo em 7 de outubro: emprego, moradia, alimentação, saúde ".

Avalanche final pela vitória

Chávez ressaltou que a burguesia venezuelana tenta enganar o povo, dizendo "que vai apoiar as missões sociais, que são anti-imperialistas. Agora, quase dizem que são anti-imperialistas e de esquerda".

Segundo o presidente, a Revolução Bolivariana terá uma dupla vitória em 7 de outubro, pois terá o triunfo eleitoral e derrotará os setores violentos que procuram desestabilizar o país. "Nesta eleição não se trata só de ganhar a maioria dos votos, se trata da vitória eleitoral e da vitória sobre os violentos, para neutralizar os planos desestabilizadores da oligarquia venezuelana".

Ele reiterou que "a extrema direita do país está elaborando planos para desconhecer o triunfo do povo, estão se preparando para cantar uma fraude em 7 de outubro."

Ele também disse que os representantes da direita venezuelana não se comprometeram a reconhecer os resultados das eleições presidenciais, porque eles sabem que estão perdidos face as eleições do próximo domingo.

"Que ninguém baixe a guarda, que não deixemos um único voto de fora. Muito pelo contrário, nestas últimas horas temos que convencer a todos que conseguirmos que votar em Chávez é votar pela paz, por seus filhos, pela educação, saúde, habitação e pelo futuro ", disse o candidato socialista.

No estado de Lara, Chávez mostrou-se confiante na vitória. "Ninguém pode impedir o triunfo do povo em 7 de outubro. A melhor vacina contra os planos da burguesia de ignorar os resultados de domingo é vencermos por uma grande maioria de votos", disse ele.

Chávez disse que, após a vitória da Revolução Bolivariana nas eleições presidenciais, o novo governo vai acelerar as soluções dos problemas de venezuelanos. "Na segunda-feira, 8 de outubro, começa um novo governo. Comprometo-me a ser um presidente melhor do que eu fui. É um compromisso vital", disse Chávez.

Ele observou que o próximo período vai reforçar políticas e programas governamentais de empregos decentes, para garantir "que ninguém está desempregado na Venezuela durante os próximos seis anos."

Ele também se referiu aos programas de habitação desenvolvidos pelo Governo Bolivariano para dignificar todas as famílias venezuelanas.

"Precisamos construir cerca de três milhões de casas ao longo dos próximos seis anos", disse Chávez, acrescentando que a Revolução vai também promover a educação em todos os níveis eo sistema de saúde pública para garantir cuidados de qualidade venezuelanos .

Com AVN