Honduras: Lobo utiliza terror como recurso de controle social
A Comissão da Verdade recomendou aos hondurenhos criara uma Corte de Constitucionalidade, investigar e sancionar os responsável por golpes de estado e anular a Lei de Anistia de 27 de janeiro de 2010.
Publicado 04/10/2012 16:26
A entidade que surgiu em junho de 2009, após a destituição forçada, sequestro e expulsão do país do presidente Manuel Zelaya, apresentou um relatório na última quarta-feira (3) que conclui que a impunidade ainda beneficia os responsáveis por violações aos direitos humanos, inclusive as cometidas em períodos anteriores, na década de 1980, e constata que ainda existem grupos que assassinam membros da resistência.
Leia também:
O relatório recomenta sancionar os responsáveis pelos golpe de Estado [2009] e proibir o Congresso de interpretar a Constituição, por isso deve ser criada a Corte Constitucional e garantir a independência dos juízes.
Em coletiva de imprensa, a Comissão apontou que antes de depois das eleições de novembro de 2009, tanto o governo interino liderado por Roberto Micheletti como o sucessor Porfirio Lobo, utilizam o terror como um recurso de controle social.
A Comissão da Verdade está integrada pela equatoriana Elsie Monge, o argentino premio Nobel da Paz 1980 Adolfo Pérez Esquivel, a hondurenha Helen Umaña, o hondurenho Fausto Milla e o espanhol Luis Nieto. O relatório público de 360 páginas apresentado por essas personalidades, indica que suas conclusões surgem de testemunhas sobre violações aso direitos humanos.
O ato de apresentação do texto foi visto pelo ex-presidente Manuel Zelaya, a ex-chanceler Patricia Rodas; a ministra de Justiça e Direitos Humanos, Ana Pineda, assim como vítimas da repressão desatada pelo regime de fato, entre eles familiares de pessoas assassinadas.
Esta entidade é paralela a Comissão da Verdade e Reconciliação, patrocinada pelo Estado e dirigida pelo ex-presidente guatemalteco Eduardo Stein, que apresentou as conclusões em junho de 2011.
Fonte: Prensa Latina