Forças políticas dialogam na Síria e rechaçam ingerência externa

Com a certeza de que a ingerência estrangeira dificulta qualquer solução política à crise na Síria, continua nsta terça (9) em Damasco um encontro de diferentes setores, com a esperança de promover um acordo mediante o diálogo entre sírios.

A reunião da Aliança da Frente Nacional Progressista (FNP) e das Forças Nacionais e progressistas começou nesta segunda-feira (8) em um hotel da capital, com discursos de representantes de várias organizações.

Após os intercâmbios, espera-se que nesta terça surjam propostas e sugestões para avançar até uma solução e que seja emitida uma declaração final.

O secretário geral do Partido da União Socialista Árabe, Safwan Kudsi, durante suas palavras perante o fórum, denunciou que a Síria enfrenta um complô planejado por mãos árabes, regionais e internacionais.

O secretário geral do Partido dos Sindicalistas Socialistas, Faez Ismael, expressou a rejeição de sua organização a qualquer tipo de ingerência nos assuntos internos e descreveu a crise atual como uma "batalha sem paralelo", já que dela participam terroristas de diferentes nacionalidades.

Ammar Biskdash, secretário geral do Comitê Central do Partido Comunista Sírio, enfatizou "a determinação dos partidos e forças nacionais de defender a pátria contra a investida feroz lançada pelo imperialismo, o sionismo, e os regimes regionais reacionários".

Também o secretário geral do Partido Nacional Al-Ahed, Gassan Abed Al-Aziz Ozman, disse que a nação síria enfrenta ações criminosas, sabotagem e destruição, além de atentados contra a econômica nacional, ações que não têm nada a ver com as reivindicações legítimas do povo sírio, sublinhou.

Assim mesmo, o secretário geral do Partido Sírio Nacional-socialista, Issam Mahairi, condenou os chamados a que seja imposta uma solução vinda do exterior, afirmando que o diálogo político é um caminho saudável, além de constituir a via para frustrar o complô e fortalecer a coesão nacional.

O secretário geral do Partido Comunista Sírio Unificado, Hunein Nimer, declarou em seu discurso que é tempo de iniciar um diálogo interno, o que não acontecerá com o fluxo de armas e mercenários que entram ao país. Nimer sublinhou que a ingerência estrangeira é a trava que impede qualquer acordo político à crise.

Com respeito a este encontro, o ministro de Informação, Omran Al-Zoubi, indicou que as forças nacionais devem assumir suas responsabilidades históricas e políticas, e enfrentar o projeto externo, assim como pôr em prática o projeto nacional que deve ser sírio por excelência.

No entanto, algumas pessoas consultadas pela Prensa Latina dizem que não se pode viver com medo, porque o medo nos mata, e temos que enfrentar o dia a dia com as expectativas em relação ao que possa se passar.

Fonte: Prensa Latina