Estudantes chilenos anunciam marcha por qualidade no ensino 

Estudantes chilenos prometem ir novamente às ruas nesta quinta-feira (11) por uma educação pública, gratuita e de qualidade para a população. Convocada por organizações estudantis, a manifestação conta com o apoio de entidades de trabalhadores da área da saúde e tem como principal objetivo pedir a participação no debate sobre o orçamento nacional de 2013. 

Os manifestantes exigem do Governo a garantia dos direitos da população chilena. No que diz respeito à educação, pedem que o orçamento destinado para essa finalidade seja encaminhado principalmente para o ensino público.


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Lideranças estudantis, ao anunciarem a convocatória para a marcha em uma coletiva de imprensa realizada nessa terça-feira (9), reforçaram a demanda de uma educação pública, gratuita e de qualidade tanto no nível superior como no nível secundário. De acordo com Noam Titelman, presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica do Chile (Feuc), apenas cerca de 40% das matrículas escolares são de escolas públicas.

Os/as estudantes alertaram principalmente para como o dinheiro destinado à educação está sendo investido. Além disso, para os/as manifestantes, a discussão do orçamento nacional deve ser ampla, e não restrita apenas a um grupo de pessoas. De acordo com informações de Prensa Latina, o projeto do Governo de orçamento para 2013 prevê um aumento de 1,2 bilhão de dólares para a educação, setor que deverá receber 12,8 bilhões de dólares.

"[…] A discussão do Orçamento Nacional não é de caráter técnico reservada a economistas ou políticos profissionais, e sim um debate onde se definem as prioridades de um país e, portanto, exigimos ser parte disso. Cremos que hoje não se pode seguir entregando dinheiro em um saco furado. O Governo anuncia montantes estrambólicos para a educação, mas aplicando as mesmas receitas. A nós não interessa somente as quantidades, mas a maneira como estas são investidas, fortalecendo mediante financiamento direto às instituições, à educação pública”, destacou Gabriel Boric, presidente da Confederação de Estudantes do Chile (Fech), em coletiva de imprensa.

Os estudantes receberam apoio de representantes de entidades da área da saúde, como integrantes da Mesa Social da Saúde quem afirmaram que a educação, assim como a saúde, é um direito fundamental que precisa ser garantido.

Fonte: Adital