Shopping Popular será revitalizado

Construído para acabar com o comércio ilegal da cidade e retirar os camelôs das ruas, o Shopping Popular não atrai mais do que os próprios feirantes, e mesmo assim nem todos. A maioria ainda prefere ganhar a vida nas ruas.

Para tentar mudar esta realidade, o Governo do DF levará serviços públicos para o shopping, como o Departamento de Trânsito do DF (Detran), o Banco de Brasília (BRB) e o posto do Na Hora. O investimento será R$ 10 milhões.

Os recursos do GDF virão em parcerias com os próprios órgãos envolvidos. A secretarias de Justiça e de Obras e Novacap também farão investimentos. “O recurso será dividido entre eles, e dependerá do projeto de cada um”, explicou o diretor de Serviço da Coordenadoria de Cidades do GDF, Passen Assad.

Segundo Assad, o BRB do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) recebe de três a quatro mil pessoas por dia e fica sobrecarregado durante a semana. Com uma agência no shopping, o banco receberá, além da sobra de clientes do SIA, a demanda do Cruzeiro, que não tem BRB. O mesmo vale para o Detran. O órgão vai sair do SIA e levará toda a estrutura para um espaço no subterrâneo do Shopping Popular.

“É uma questão de levar gente até lá. O objetivo do investimento é movimentar o shopping. No caso do Detran, que está hoje em um espaço alugado, o GDF irá, inclusive, economizar”, observou Passen Assad.

Atualmente, o DF tem cinco postos do Na Hora: em Ceilândia, Taguatinga, Gama, Sobradinho e um na Rodoviária do Plano Piloto. Este último é o mais procurado e uma das principais reclamações é a falta de estrutura para estacionar. O postos oferecem serviços como abertura de micro e pequenas empresas; emissão de documento de identidade (primeira e segunda vias) e passaporte; emplacamento e vistoria para transferência de veículos; e pagamentos de contas, taxas, multas e tarifas públicas do DF e Região Metropolitana.

Na Ceilândia

O Governo do DF estenderá a ação também ao Shopping Popular de Ceilândia. O local ganhará um posto do Na Hora ainda este mês. “Com esse projeto, vamos levar serviços públicos para a comunidade e fomentar o negócio dos feirantes. O ideal é acabar com a concorrência das ruas, que é ilegal”, considera Assad.

Em datas comemorativas como o último feriado, de Dia da Criança, e a proximidade do Natal, aumenta o número de ambulantes em várias regiões do DF. Neste ano, a fiscalização já apreendeu mais de dois mil produtos vendidos irregularmente nas ruas.

Entretanto, segundo a presidente da Associação dos Lojistas, Empreendedores e Usuários do Shopping Popular, Edilene Fernandes, o shopping está como está por falta de fiscalização, principalmente, dentro da feira. A maioria dos feirantes não abre as bancas porque não existe fiscalização. “Os outros proprietários ficam à espera do movimento, de que o shopping comece a dar certo, para depois vir. Mas isso prejudica quem já está aqui, abrindo mesmo sem movimento”, reclama.