Após 70 dias de paralisação, Federais votam pelo fim da greve

Após 70 dias de paralisação, os agentes, os papiloscopistas e os escrivães da Polícia Federal definiram, nesta segunda-feir (15), pelo fim à greve. Aprovada em assembleias promovidas pelos sindicatos estaduais, a decisão teve como ponto de partida uma reunião, na última semana, entre representantes nacionais do movimento paredista e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que aceitou reiniciar as negociações.

De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Vinício de Souza Wink, Cardozo se dispôs a discutir o plano de carreira dos policiais, proposta que pode implicar reajuste salarial.

"Queremos uma lei que reconheça o nosso trabalho e vamos lutar por isso", disse Wink. Apesar da promessa do ministro, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, deixou claro, em entrevista ao Correio, no último dia 7, que quem não aceitou a oferta do governo até 31 de agosto passado terá reajustes ainda menores.

Os policiais federais disseram não à proposta do Palácio do Planalto de aumento de 15,8%, em três anos, sugerida a todos os servidores federais. A principal reivindicação da categoria é a reestruturação da carreira, que passaria a considerar as atividades de agente, papiloscopista e escrivão de nível superior.

Com o final da greve, a expectativa dos policiais é que as negociações com o governo sejam retomadas. Na última semana, policiais federais se reuniram com o ministro da justiça, José Eduardo Cardozo. “Sempre deixamos claro que nossa meta é a reestruturação da carreira e da tabela salarial e vamos lutar por esta agenda”.

Com agências