Intervenção no Mali é questão de semanas, diz governo francês

O ministro francês de Defesa, Jean-Yves Le Drian, assegurou, nesta terça (16), que uma intervenção militar africana no Mali é uma questão de semanas.

Em uma entrevista ao canal France 2, o titular disse que a França, junto com a União Europeia, estarão envolvidos com o apoio logístico e de inteligência na operação, mas não enviarão tropas para o território.

A intervenção militar foi solicitada pelo governo do Mali à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental para recuperar regiões ocupadas no norte do país por grupos armados.

O Conselho de Segurança da ONU deu, na semana passada, um prazo de 45 dias para desenvolver um plano detalhado sobre a operação militar no Mali, com o pretexto de que existe ali uma ameaça à paz e à segurança internacionais.

A crise no país africano eclodiu no início deste ano, quando o Movimento Nacional de Libertação de Azawad, dos separatistas taureg, lançou uma ofensiva contra o exército e ocupou várias áreas no norte.

Em março, outros grupos armados tomaram posições na região setentrional do país, quando um golpe de Estado depôs o presidente do Mali, Mamadou Toumani Toure.

Muitos conflitos na África têm sua origem na divisão arbitrária de territórios realizada pelas potências que ocuparam o continente para se apoderar dos recursos naturais valiosos.

Mali, o sétimo maior país da África, foi colônia da França desde final do século XIX até que, em 1959, ganhou sua independência junto com o Senegal.

Apesar de ter recursos valiosos, como ouro e urânio, metade da sua população vive abaixo da linha da pobreza.

Fonte: Prensa Latina