TRF-DF concede habeas corpus a Cachoeira, mas vai continuar preso

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, concedeu na tarde desta segunda-feira (15) habeas corpus para o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A decisão atende um pedido da defesa de Cachoeira, que na semana passada pediu a suspensão da prisão alegando excesso de prazo.

Cachoeira está preso desde fevereiro em decorrência de dois mandados: um é resultado da Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal, e outro da Operação Saint-Michel, da Polícia Civil e do Ministério Público do DF. A decisão desta segunda se refere às investigações da Operação Monte Carlo. Como ainda há o outro mandado, o contraventor vai continuar preso no Complexo Penitenciário da Papuda.

Essa é a segunda vez que Cachoeira consegue um habeas corpus na Justiça Federal, mas permanece preso. Em junho, decisão do desembargador Tourinho Neto favoreceu o contraventor indiretamente.

O magistrado concedeu um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de José Olímpio de Queiroga Neto. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal de Goiás, Queiroga Neto comandava a abertura e o fechamento de pontos de jogos ilegais.

Após a libertação de Queiroga Neto, os advogados de Cachoeira pediram a extensão do benefício para o bicheiro, e o desembargador concedeu.

Operação Saint-Michel

A Saint-Michel é um desdobramento da Operação Monte Carlo, que apurou o envolvimento de agentes públicos e privados em uma quadrilha que explorava o jogo ilegal em Goiás.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal já rejeitou dois pedidos de habeas-corpus apresentados pela defesa de Cachoeira no processo que apura a fraude no sistema de bilhetagem no transporte público do DF.

O bicheiro também é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso Nacional que investiga as relações dele com políticos e empresários. Convocado para depor em sessão da CPI, Cachoeira usou o direito constitucional de ficar em silêncio e não respondeu às perguntas dos parlamentares.

Fonte: G1