Prêmios Nobel alertam sobre riscos de cortes na Europa
A poucos dias do debate sobre o orçamento da União Europeia (UE), 42 prêmios Nobel e outros renomeados especialistas alertaram nesta terça (23) sobre os riscos de um eventual corte de despesas em pesquisa e inovação.
Publicado 23/10/2012 09:59
Em uma carta enviada aos chefes de Estado ou de governo da UE, advertem que com uma severa diminuição nessa esfera se corre o risco de perder toda uma geração de cientistas de talento, justo quando a Europa mais precisa deles.
A redução de fundos disponíveis para pesquisa de excelência, se traduz em um menor número de pessoas que atingem esta condição, aponta o comunicado.
Os Prêmios Nobel lembraram que, no ano 2000, os mandatários europeus se propuseram a converter o bloco na região baseada em conhecimento mais dinâmica do mundo. "A intenção era ambiciosa e nobre, mas o objetivo ficou bem longe", afirmaram.
No meio da crise que a Europa enfrenta hoje, os especialistas consideram que transformar o conhecimento em inovação é a única forma de dotar o chamado velho continente de vantagem competitiva.
"A ciência pode nos ajudar a encontrar respostas a muitos dos principais problemas que estamos enfrentando", afirmaram os especialistas e mencionaram entre elas novas formas de produção e de aproveitamento de energia, variados produtos e outros marcos para entender como funcionam as sociedades e como melhorar sua organização.
A carta está assinada por Sidney Altman, Werner Arber, Robert J. Aumann, Françoise Barré-Sinoussi, Günter Blobel, Mario Capecchi, Aaron Ciechanover, Claude Cohen-Tannoudji, Johann Deisenhofer, Richard R.Ernst, Gerhart Ertl e Martin Evans.
Também figuram entre os nomes Albert Fert, Andre Geim, Serge Haroche, Avram Hershko, Jules A. Hoffmann, Roald Hoffmann, Robert Huber, Tim Hunt, Eric R. Kandel, Klaus von Klitzing, Harold Kroto, Finn Kydland e Jean-Marie Lehn.
Os líderes da UE se reunirão nos dias 22 e 23 de novembro em Bruxelas, em uma cúpula extraordinária a fim de analisar o orçamento para o período 2014-2020.
Fonte: Prensa Latina