"Saímos fortalecidos desse pleito e melhor preparados para 2014"

Como foi a participação do PCdoB nestas eleições?

Raul Carrion – O PCdoB do Rio Grande do Sul implementou em 2012 o maior projeto eleitoral de toda sua história de 90 anos de existência. Ao todo, participou das eleições em 123 municípios, em coligação ou com chapa própria. Tivemos candidaturas a Prefeito em oito cidades – entre elas as duas maiores do Estado, Porto Alegre e Caxias do Sul –, assim como em Rio Grande, Ijuí, Barra do Ribeiro e Cidreira. Ao todo, obtivemos quase 200 mil votos (198.322), em um crescimento de 38% em relação a 2008.

O PCdoB obteve bom desempenho nas câmaras municipais?

Raul Carrion – Para vereador, apresentamos 558 candidatos, em 122 municípios, aumentando em 41% o total dos votos obtidos e em 32% o número dos vereadores eleitos, crescimento só inferior ao conquistado pelo PSB . No total, elegemos 29 vereadores, com destaque para os dois vereadores em Porto Alegre – entre eles o segundo mais votado do Estado, totalizando 66.128 votos (aumento de 62%) –, dois em Caxias do Sul, dois em Passo Fundo, dois em Campo Bom e dois em Erechim. Deve-se destacar, ainda, que na Região Metropolitana de Porto Alegre, coração do Rio Grande, aumentamos de dois vereadores para nove vereadores – Porto Alegre, Gravataí, Cachoeirinha, Novo Hamburgo, Campo Bom e São Sebastião do Caí.

E quanto as coligações, quais os resultados para o PCdoB?

Raul Carrion – Coligados com partidos aliados, o PCdoB conquistou 61 prefeituras, nas quais estará presente a partir de 1º de janeiro do próximo ano, contribuindo para a efetivação de administrações a serviço do povo. E ainda disputamos a Prefeitura de Pelotas no 2º turno.

O PCdoB gaúcho saiu fortalecido das eleições municipais?

Raul Carrion – Podemos dizer que o PCdoB persiste em um ciclo de crescimento gradativo, que precisa ser avaliado não só em relação ao crescimento do número de parlamentares eleitos, mas também pelo fato da tática de coligações proporcionais estar cedendo lugar – de forma cada vez mais frequente – à constituição de chapas próprias para a disputa das eleições parlamentares. O que, por um lado, nos dificulta a eleição mas, por outro lado, nos força ao aumento do número de candidatos, projetando novas lideranças, ampliando o nosso protagonismo e as votações partidárias. Da mesma forma, o lançamento de candidatos do PCdoB em chapas majoritárias muitas vezes retira o nosso melhor nome da nominata proporcional mas, em compensação, nos permite projetar lideranças do PCdoB para voos maiores e divulgar nossas ideias e propostas de forma muito mais ampla.

Assim, podemos dizer que, se bem o PCdoB não atingiu todos os objetivos propostos – o principal dos quais era a eleição de Manuela Prefeita de Porto Alegre –, saímos fortalecidos desse pleito e melhor preparados para as eleições de 2014.

De Porto Alegre,
Barbara Paiva