Ato público defende indígenas: ‘Somos Todos Guarani-Kaiowá’
O ato público ‘Somos Todos Guarani-Kaiowá’, que acontece nesse sábado (27), a partir de 10 horas, no centro de Fortaleza (CE), fará a defesa das comunidades indígenas ameaçadas constantemente de expulsão de suas terras e abaladas pela especulação do grande capital. No Ceará, há conflitos nas terras das comunidades Tapeba (Caucaia), Jenipapo-Kanindé (Aquiraz), Anacé (Pecém) e Pitaguari (Pacatuba).
Publicado 26/10/2012 15:33
O ato vai denunciar a situação dos Guarani , a maior etnia do país, que está em condições mais críticas na luta contra os ruralistas no Mato Grosso do Sul. O grupo Kaiowá resiste em sua terra sagrada até a morte, caso o Estado não intervenha na guerra instalada com produtores de soja e cana. São 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças. Decidiram ficar e morrer como ato de resistência.
Os Guaranis-Kaiowás avisaram ao movimento indigenista nacional, por carta, que, depois de tantas décadas de luta para viver, descobriram que agora só lhes resta morrer. Avisam a todos que morrerão como viveram: coletivamente.
Em geral, a situação dos indígenas brasileiros é vergonhosa. Sem poder viver segundo a sua cultura, imersos numa natureza degradada, corroídos pelo alcoolismo dos adultos e pela subnutrição das crianças, os índices de homicídio da reserva são maiores do que em zonas em estado de guerra, avalia o movimento indigenista cearense.
Fonte: Adital