Paraguai: Camponeses e indígenas protestam contra governo

Camponeses e indígenas paraguaios ocupam praças na cidade de Caazapá a 230 quilômetros de Assunção. Eles protestam contra a negativa do governo de aceitar suas reivindicações. Entre outras coisas, eles pedem a ampliação da ajuda oficial às milhares de famílias de abrigos e indígenas afetadas pela seca que afetou severamente os semeadores e as colheitas.

Os manifestantes querem que 18.617 famílias sejam beneficiadas. O governo de Federico Franco, no entanto, enviou fundos para apenas 2.588 pessoas.

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Outras reivindicações são a distribuição prometida de mantimentos e a extensão da assistência durante mais seis meses devido aos grandes danos sofridos e à irregularidade no apoio.

E pedem também, o abono da dívida de seis meses dos beneficiários do programa social Tekoporá, espécie de Bolsa Família, criado durante o governo do destituído presidente Fernando Lugo, que representa uma ajuda para garantir a educação das crianças pobres.

Neste sentido, os camponeses e indígenas pediram a aprovação de uma ampliação orçamentária a fim de garantir a permanência dos programas sociais e evitar seu desaparecimento.

Organização

As manifestações foram convocadas pela Coordenadora das Organizações Sociais, Camponesa e Indígena, que chamou uma mobilização geral apoiada pela cidadania diante da atitude de desconhecimento do Executivo aos pedidos feitos por eles.

A medida de força adotada é a culminação de um processo de protestos pedindo a ampliação da ajuda oficial às milhares de famílias de abrigos e indígenas afetadas pela seca, que golpeou severamente os semeadores e as colheitas.

As manifestações em Cazapá, zona de forte presença camponesa, conseguem um transcendente respaldo da população. Assim, as organizações decidiram mantê-las por tempo indeterminado em rejeição à política social governamental.