Micarla de Sousa é afastada da Prefeitura de Natal pela Justiça

Micarla de Sousa e os secretários municipais Jean Valério e Bosco Afonso, além do marido da prefeita, o radialista Miguel Weber, são acusados de fazer parte de esquema de corrupção na saúde.

O desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Amaury Moura Sobrinho, deferiu o pedido de afastamento da prefeita de Natal, Micarla de Sousa, na manhã desta quarta-feira (31). Além do afastamento da chefe do executivo municipal, o desembargador determinou, via ofício, que o presidente da Câmara de Vereadores de Natal, Edivan Martins, dê posse, imediatamente e dentro das prerrogativas legais, ao vice-prefeito Paulinho Freire. O oficial de Justiça, inclusive, já saiu do Tribunal para protocolar o documento na Câmara Municipal.

Micarla de Sousa e os secretários municipais Jean Valério e Bosco Afonso, além do marido da prefeita, o radialista Miguel Weber, são acusados de participarem do esquema de corrupção aplicado na Secretaria Municipal de Saúde, que culminaram com a deflagração da Operação Assepsia. A prefeita não foi localizada e a assessoria de imprensa da Prefeitura não atende as tentativas de contato.

As informações foram confirmadas pela assessoria de imprensa do TJRN. Os detalhes da decisão do desembargador, porém, não foram publicadas, pois o processo corre em segredo de Justiça. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual e também com o procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre de Souza Neto, mas não conseguiu contato.

O desembargador Amaury Moura Sobrinho, relator do processo aberto contra a prefeita Micarla de Sousa e seus auxiliares, sequer analisou o pedido de afastamento dos secretários municipais da Juventude, Esporte, Lazer e Copa do Mundo (Secopa), Jean Valério Gomes Damasceno, e da Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Bosco Afonso.

Operação Assepsia

A Operação Assepsia, deflagrada em 27 de junho deste ano, desarticulou um esquema que promoveu contratos do Município de Natal com organizações sociais para a administração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pajuçara e dos Ambulatórios Médicos Especializados (AMEs), por meio de fraudes nos processos de qualificação e de seleção das entidades. Os contratos com as entidades foram anulados pela Justiça e apurado que as organizações contratadas pelo Município inseriram despesas fictícias nas prestações de contas apresentadas à Secretaria Municipal de Saúde, como uma das formas de desviarem recursos públicos.

Fonte: Portal G1 Rio Grande do Norte