Governo cria novas regras antiapagão

O protocolo estabelece procedimentos, critérios e requisitos a serem adotados na avaliação dos sistemas de proteção, com a intenção de aumentar a segurança e confiabilidade das operações. O protocolo foi apresentado nesta quarta-feira (31) pelo ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em reunião extraordinária convocada após o apagão que atingiu o Nordeste e o Norte do Brasil na madrugada da última sexta-feira (26). O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apurou que, depois de um procedimento de manutenção, uma chave de proteção da subestação de energia em Tocantins não foi religada, falha humana que gerou o blecaute que atingiu o Nordeste. Segundo o Ministério de Minas e Energia, todas as transmissoras de energia elétrica aderiram ao protocolo.

Caberá à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disciplinar o processo de avaliação, e o comitê definir quais adequações serão prioritárias e em que prazo deverão ser executadas. As empresas deverão elaborar um plano de ação para sanar os problemas apontados pelo protocolo. Na semana que vem, oito subestações da Eletrobras serão avaliadas. Pelo menos dez equipes de técnicos do governo visitarão as principais instalações do sistema brasileiro de transmissão de energia, a partir de segunda-feira, para rever procedimentos de segurança.

O apagão, que atingiu quase 100% do Nordeste e 77% do Pará e do Tocantins, ocorreu porque a proteção das linhas de transmissão estava inativa, concluíram investigações sobre o caso, que apontaram falha da empresa Taesa. Uma semana antes da ocorrência, a chave tinha sido desligada para manutenção e não foi ligada novamente. De acordo com o ministro interino, a proteção teria evitado a queda de energia se estivesse operante.

Com informações da Agência Brasil