Dadi Carvalho e seu novo encontro com a música

Dadi Carvalho, reconhecido baixista, foi integrante dos Novos Baianos na década de 1970 e do famoso grupo A Cor do Som nos anos 1980.

Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de agosto de 1952 e logo na infância teve influências musicais. “A minha família toda tinha uma ligação forte com a música”. Sua mãe tocava piano e seus primos, na época da bossa nova, tinham um trio.

Mas ele revela que teve um encontro avassalador com a música algum tempo depois. “O que me pegou da música, que eu disse ‘vou ser músico’, foi o disco do Jorge Ben, ‘Samba Esquema Novo’”.

Sua primeira participação em uma banda foi por volta dos 13 anos, quando se juntou aos amigos do colégio no The Goofies para tocar baixo. “Foi a época que o rock in roll chegou forte na gente. A gente tocava em festas de amigos, todos os fins de semana fazíamos shows. O nosso repertório era basicamente Rolling Stones, Beatles e The Who”.

O primeiro instrumento que ganhou foi uma bateria. Mas Dadi não era o único dono; tinha que dividi-la com o seu irmão. Depois veio o seu primeiro violão, que acabou virando um baixo. “Ele não era muito bom e a gente colocou corda de baixo e um captador para tocar no The Goofies”.

Foi como baixista que começou profissionalmente, mas o músico ressalta que tocar violão e guitarra. “Agora que eu estou tendo a chance de tocar minha guitarrinha, porque sempre foi baixo”.

Dadi começou no Novos Baianos, grupo que continha grandes nomes da Música Popular Brasileira: Moraes Moreira, Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca e Luiz Galvão.

Mas o músico também tocou com Caetano Veloso. “Ele estava no exílio e eu já tinha os festivais e o seus discursos do ‘é proibido proibir’. Tudo isso me chamou muito a atenção. Eu era muito fã do Caetano e sou até hoje. Adoro todos os discos dele, mas o Circuladô tem uma sonoridade incrível. E eu tive a honra de ter participado como baixista na turnê. Foi uma turnê maravilhosa”.

A música ‘Leãozinho’, de Caetano, Dadi conta que foi dedicada a ele e ao filho do cantor. “Na turnê ele me deu o presente de fazer apenas com baixo e voz. Eu tocava e ele acompanhava”.

Fonte: TV Cultura