Conselho de Segurança volta a analisar conflito na Síria

O Conselho de Segurança voltará a analisar nesta terça (6) a crise na Síria depois de intensas gestões do enviado especial da ONU para esse país, Lakhdar Brahimi, e de várias propostas para reviver anteriores iniciativas diplomáticas.

O encontro, programado para esta manhã na modalidade de reuniões privadas e com o título oficial de "Oriente Médio, Síria", será realizado a portas fechadas entre os 15 membros desse órgão encarregado da paz e segurança internacionais.

A discussão é levada a cabo após uma extensa viagem do emissário das Nações Unidas para esse conflito que o levou a Arábia Saudita, Turquia, Irã, Iraque, Egito, Líbano, Síria, Rússia e China, entre outros países vinculados de alguma maneira com a crise.

É também realizada depois do fracasso de uma trégua acordada por Brahimi com as partes em enfrentamento na Síria, durante a comemoração muçulmana do Eid al-Adha (o sacrifício).

Entre as mais recentes iniciativas com respeito à questão em torno desse país árabe, estão quatro pontos apresentados pela China dirigidos a avançar a uma solução do problema.

A ideia inclui um cessar fogo por parte do governo e grupos armados de oposição, assim como designação de interlocutores com poder de decisão para formular um plano, com a participação de Brahimi e da comunidade internacional.

As propostas chinesas apoiam a implementação do acordo da reunião de junho passado em Genebra, anunciado pelos chanceleres dos países do chamado Grupo de Ação para Síria e do plano de seis pontos do anterior mediador da ONU, Kofi Annan.

Por sua vez, a Rússia, apoiou uma proposta do presidente egípcio, Mohamed Morsi, de criar um Quarteto Regional integrado por Egito, Turquia, Irã e Arábia Saudita.

Dessa forma, os dois últimos se incorporam aos esforços iniciados na conferência da cidade suíça.

Naquele conclave, participaram os titulares da ONU e Liga Árabe e os responsáveis pela política exterior da União Europeia, China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, Turquia, Iraque, Kuwait e Catar.

Brahimi também exigiu que fossem levados a cabo os acordos de Genebra. Ele também defendeu uma resolução do Conselho de Segurança baseada nessas conclusões, entre elas estabelecer as pautas de uma futura transição na Síria e a criação de um governo que inclua todas as forças políticas.

No entanto, o chanceler russo, Serguei Lavrov, descartou a necessidade de um texto desse órgão da ONU para implementar o estabelecido em Genebra e enfatiza que o fundamental é um cessar-fogo, frear a violência e iniciar negociações.

Fonte: Prensa Latina