Presidente da UNE reivindica respeito pela trajetória de Dirceu
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada nesta terça-feira, 6, Daniel Iliescu, presidente da UNE, ressaltou que “não interessa à UNE o achincalhamento ou a crucificação de qualquer pessoa no Brasil” e diz que nem “o mais fragoroso opositor de Dirceu” pode negar o papel do ex-ministro na luta pela redemocratização
Publicado 06/11/2012 16:19 | Editado 04/03/2020 17:17

Questionado pela repórter Isadora Peron, que assina a entrevista, se a Une foi procurada por José Dirceu, Iliescu esclareceu que não.
Segundo ele, o que houve foi um pedido do ex-ministro, durante congresso da UJS (União da Juventude Socialista), de que fosse feito um contraponto em relação às circunstâncias que cercaram o julgamento do mensalão e o posicionamento dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que, na opinião de Iliescu, sofreram influência, entre outros, dos “atores da mídia”.
“O fato de o julgamento ter sido um processo casado com o período eleitoral fez com que houvesse politização do julgamento, o que trouxe prejuízos, pois poucas instituições conseguem levar a cabo suas opiniões com 100% de imparcialidade”, ressaltou.
Segundo Iliescu, “A própria UNE, quando problematiza a politização do julgamento do mensalão do STF, oferece, não individualmente ao Dirceu, mas para o debate democrático no Brasil, esse contraponto que o ex-ministro pediu”.
Ele afirmou que o mais importante é o legado que esse episódio vai deixar para a sociedade brasileira e criticou o que chamou de “sanha condenatória”. Iliescu também defendeu o financiamento público de campanha. “entendemos que hoje o poder econômico tem uma influência sobre as campanhas eleitorais muito desmedido”.
Clique aqui para ler, na íntegra, a entrevista de Daniel Iliescu
De São Paulo, Railídia Carvalho com informações do jornal O Estado de S.Paulo