Porto Rico: Oposição vence e país diz não à independência
O líder do Partido Popular Democrático (PPD), Alejandro García Padilla venceu as eleições gerais de Porto Rico contra o atual governador Luis Fortuño, do Partido Novo Progressista (PNP), com 82% dos votos apurados. Porto Rico, situado no Caribe, é um Estado Associado dos Estados Unidos.
Publicado 07/11/2012 17:06
García Padilla afirmou governará para "todos os porto-riquenhos", independente do partido político ao qual pertencem. E disse que vai trabalhar pela "reunificação do nosso país" por não se tratar de um triunfo de um porto-riquenho sobre outro, "mas do desejo dos porto-riquenhos de um melhor amanhã".
"A espera valeu a pena. Os porto-riquenhos terão um governo que será de todos ou não avançará", sustentou.
Ao proclamar sua vitória às 02:00 hora local com 82,65% dos votos apurados, García Padilla somava 726.727 votos (47,78%), seguido pelo governador Fortuño com 718.424 (47,24%) e por Juan Dalmau, do Partido Independentista Porto-riquenho (PIP), com 37.462 votos (2,46%).
Enquanto que Rafael Bernabe, do Partido do Povo Trabalhador (PPT), tinha 13.944 votos (0,92%); Arturo Hernández, do Movimento União Soberanista (MUS), 8.209 (0,54%); e Rogelio Figueroa, do Portorriquenhos por Porto Rico com 5.168 votos (0,34%).
Referendo
O referendo incluiu uma consulta, não vinculativa, sobre o status da ilha. Segundo resultados oficiais, 61,82% optaram por se converter no estado número 51 dos Estados Unidos, apoiando assim o fato de ficar mais dependente dos Estados Unidos. 32,89% optaram por conservar o atual status de Estado Livre Associado e 5,29% apoiou a ideia de independência.
A consulta é vinculante já que qualquer decisão sobre o status territorial de Porto Rico diz repeito ao Congresso dos Estados Unidos.
Porto Rico pertence aos Estados Unidos desde 1898, quando foi arrebatado militarmente (e posteriormente adquirido) da Espanha. As pessoas nascidas na ilha também são legalmente cidadãos estadunidenses desde 1917, apesar de não terem direito ao voto nos EUA.
A vitória de García Padilla significa também o adeus, ao menos por enquanto, às aspirações do grupo de Fortuño de dar mais um passo rumo à integração da ilha caribenha aos Estados Unidos.
Em recente entrevista concedida à Agência Efe, García Padilla disse acreditar que o prosseguimento do status de Estado Livre Associado é a opção política mais adequada para Porto Rico.
Da Redação do Vermelho,
com agências internacionais