Assad responde a Cameron: "vou viver e morrer na Síria"

Em entrevista a uma emissora russa, o presidente da Síria, Bashar Al Assad, disse que vai permanecer no país, afastando a hipótese de deixar a região. Assad acrescentou ainda que vai “viver e morrer” na Síria. Na entrevista, o presidente alertou ainda para as repercussões mundiais que uma intervenção estrangeira na Síria poderia ter.

Assad definiu a Síria como sendo o “último bastião da laicidade [referente ao Estado laico], da estabilidade e da coexistência na região”. “Não sou um fantoche. Sou sírio, nascido na Síria e vou viver e morrer na Síria”, disse o presidente.

A entrevista de Assad foi concedida após a visita do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, ao Oriente Médio. Na visita, Cameron sugeriu que Assad deixe o poder como meio de acabar com a guerra na Síria.

O presidente sírio disse ainda que não vê o Ocidente embarcando em uma intervenção militar em seu país e alertou que o custo desta ação seria insustentável, noticiou a emissora de TV russa Russia Today, nesta quinta-feira, citando uma entrevista com ele.

"Acho que o curso de uma invasão estrangeira na Síria – caso aconteça – seria maior do que o mundo inteiro poderia suportar… Isto terá um efeito dominó que irá afetar o mundo do Atlântico ao Pacífico", afirmou.

"Eu não acredito que o Ocidente esteja indo nessa direção, mas se estiverem, ninguém pode dizer o que acontecerá depois", disse. Os comentários foram publicados em árabe no site do canal Russia Today.

Com agências