“A polícia que mata mais, morre mais”, diz especialista

Em entrevista nesta segunda, 12, ao programa Bom Dia Brasil, da rede Globo, Rodrigo Pimentel, comentarista da área de segurança pública, diz que pacote de ações firmado entre governo federal e governo do Estado deve abranger um “controle rígido” da atuação da polícia de São Paulo

“O pacote deve anunciar ações de investigação, de corregedoria, de ouvidoria e de participação efetiva do ministério público de são Paulo”, defendeu Rodrigo. Ele complementou dizendo que o Ministério Público estadual concluiu que as causas dos ataques dessa facção tem origem na própria ação da polícia.

Ele lembrou que a primeira vez que o Primeiro Comando da Capital (PCC) atacou delegacias e batalhões foi após a operação Castelinho em que foram executados 12 presos que atuavam na facção. “E agora o motivo dos ataques foi, segundo o Ministério Público, a execução de seis supostos integrantes dessa facção em maio na zona leste”, lembrou.

A morte do servente Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, ocorrida no dia 10 de novembro, também foi comentada por Pimentel. Um vídeo divulgado no último domingo, no programa Fantástico, mostra que o servente teria estava dominado por cinco policiais militares. Logo em seguida aparece morto. O comandado da policia militar ordenou a prisão dos cinco policiais que participaram da ação.

“A gente sabe que policiais militares de são Paulo estão praticando pistolagem reagindo a onda de violência de forma ilegal. A polícia que mata mais, morre mais. É uma constatação em qualquer lugar do mundo. Ou seja, o pacote de medidas deve se preocupar com o controle rígido do grupo policial de São Paulo”, opinou Pimentel.

De São Paulo, Railídia Carvalho com informações do Bom Dia Brasil