PCCh quer que mundo conheça melhor a China

Nos últimos anos, com o rápido crescimento econômico, a China passou a atrair cada vez mais atenção no palco internacional. Porém, devido à falta de conhecimento sobre a cultura chinesa, muitos estrangeiros interessados em conhecer o país ainda possuem muito desentendimento sobre ele.

Durante o último Congresso Nacional, que terminou na quarta-feira (14) em Pequim, o Partido Comunista da China (PCCh) estabeleceu a meta de "construir um país poderoso em cultura". O objetivo é divulgar os costumes chineses das mais variadas formas e mostrar ao mundo uma China real.

Para atender ao desejo de muitas pessoas de conhecer a China, Hollywood, nos EUA, produziu uma série de filmes associados à cultura deste país asiático. Entre as obras, destacam-se Mulan, que fala sobre uma heroína chinesa da antiguidade, e Kung-fu Panda. No entanto, é óbvio que a divulgação cultural pelo próprio país ainda está longe de ser suficiente. Muitos estrangeiros ainda não conhecem muito bem a China, nem entendem algumas ações do país.

O estudioso da Universidade de Fudan, Ge Jianxiong, considera que o poder econômico registrou um desenvolvimento vertiginoso, mas os produtos culturais chineses ocupam uma proporção muito baixa no mercado internacional. Ele ponderou que a construção cultural deve corresponder ao status econômico e político do país.

"Devemos mostrar a China da melhor forma e eliminar os conflitos desnecessários causados por desentendimentos. Como um país grande e responsável, além de beneficiar o mundo com o crescimento econômico, deve apresentar os conceitos culturais que contam com valores universais."

Para essa finalidade, a China começou a adotar a estratégia de "dar conhecimento ao mundo sobre a cultura chinesa". A intenção é mostrar o país através de intercâmbios culturais governamentais e inter-mídias e da exportação de produtos culturais. Atualmente, mais de 390 Institutos Confúcio ensinam a língua chinesa pelo mundo. Um crescente número de "centros culturais da China" também foi estabelecido no exterior.

Ao mesmo tempo, as expressões artísticas tradicionais do país, como a acrobacia, artes marciais, caligrafia, ópera de Pequim e Taichi, entraram no palco internacional por meio de espetáculos e divulgação pelos Institutos Confúcio e centros culturais. Este ano, o escritor chinês Mo Yan, que se dedica a obras inspiradas na zona rural, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura 2012. Ele se tornou um dos embaixadores da cultura chinesa pelo mundo.

O vice-ministro do Departamento da Propaganda do Comitê Central do PCCh, Sun Zhijun, disse que a divulgação da cultura chinesa tem como objetivo conscientizar o mundo de uma China real, em desenvolvimento e que defende a paz.

"O projeto visa levar o mundo a conhecer e entender melhor a China, a fim de permitir ao país participar do desenvolvimento pacífico mundial. Damos muita atenção à iniciativa."

Ao mesmo tempo, alguns estudiosos apontaram que há muitos problemas para se resolver para que a cultura chinesa encontre em uma posição apropriada no palco mundial, que tem uma grande variedade de culturas. A delegada do 18º Congresso Nacional do PCCh e famosa professora, Yu Dan, destacou que é preciso reforçar a eficiência da divulgação cultural.

"Um tema para se estudar atualmente é como fazer a cultura chinesa se adaptar à global e se tornar uma parte importante da cultural mundial."

Fonte: Rádio Internacional da China