Termina em Teerã reunião de diálogo nacional sírio

Sob o lema de “Não à violência, sim à democracia”, a Reunião de Diálogo Nacional da Síria” teve início no domingo em Teerã com a presença de 200 pessoas a fim de encontrar uma solução pacífica para o conflito que sofre este país.

O vice-ministro iraniano das Relações Exteriores para Assuntos Árabes e Africanos, Husein Amir Abdolahian, anunciou que este comitê, composto por 16 membros, se encarregará de realizar os preparativos para a próxima reunião pelo diálogo nacional que terá lugar em Damasco, capital da Síria.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, explicou, por sua vez, sobre o referido comitê acrescentando que está integrado tanto por lideranças pró-governo, como por membros da oposição, além dos grupos religiosos e distintas seitas.

Mehmanparast se referiu igualmente a outras conquistas obtidas durante essa reunião em Teerã, como a plena coincidência entre os participantes na condenação aos ataques do regime israelense contra a Faixa de Gaza.

O porta-voz da Chancelaria persa agrega que a reunião de Teerã censurou a hipocrisia dos EUA sobre a Gaza e manifestou seu apoio aos palestinos.

Desde a quarta-feira da semana passada, o regime de Israel iniciou uma onda de ataques à Faixa de Gaza que causou a morte de ao menos 100 palestinos, entre eles crianças e mulheres, e mais de 900 personas ficaram feridas.

Socorro Gomes, presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), que participou da reunião, declarou ao Vermelho que compartilha a ideia de que “o diálogo é um dos mais importantes mecanismos para o entendimento, a solução de conflitos, a reconciliação nacional e para alcançar a paz”. A dirigente do movimento pela paz valorizou a presença de representantes do governo sírio e de forças políticas da oposição, “ambos os lados dispostos a construir um diálogo nacional e soberano”.

Segundo Socorro, “a crise na Síria se torna cada dia mais complexa devido ao recrudescimento dos enfrentamentos internos e ao apoio crescente de atores externos aos bandos armados que praticam a violência no país”.

Da redação, com Hispan TV