China não aceita "ocupação" japonesa das ilhas Diaoyu

A porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, afirmou nesta quinta-feira (22) em Pequim que a China não reconhece nem aceita a ocupação ilegal e o "controle" das ilhas Diaoyu pelo Japão. A parte chinesa tem reiterado que a "ocupação" e "controle" japoneses na região são ilegais, inválidos e inaceitáveis.

O chanceler japonês, Koichiro Genba, divulgou ontem um artigo no jornal norte-americano "International Herald Tribune" no qual anunciou que, segundo o Tratado de São Francisco, o governo norte-americano entregou ao Japão a jurisdição sobre algumas ilhas, incluindo as Diaoyu, consideradas como territórios japoneses. Porém, o governo chinês não aceita isso. Por esta razão, o país não aceita a nova ordem internacional do pós-guerra.

Hua Chunying disse que a afirmação do chanceler japonês é extremamente errada e irresponsável. Por um lado, a Declaração do Cairo e a Proclamação de Potsdam são documentos juridicamente vinculativos para terminar a guerra entre os Aliados e o Japão, além de estabelecer uma nova ordem na região Ásia-Pacífico após a guerra.

Por outro lado, a China não é signatária do Tratado de São Francisco, que não tem força vinculativa à China. O tratado não é a base jurídica para resolver as disputas sobre a soberania de território entre a China e o Japão. As ações provocativas do Japão nas ilhas Diaoyu mostram que o objetivo verdadeiro do país é negar a Declaração do Cairo e a Proclamação de Potsdam.

Hua Chunying reiterou ainda que as ilhas Diaoyu fazem parte do território chinês desde a antiguidade. Mas o Japão invadiu a região durante a Guerra Sino-Japonesa e roubou a jurisdição das ilhas quando os EUA "devolveram" Okinawa ao país.

A China nunca reconheceu o "controle" do Japão na região. O país pede que o Japão abandone sua fantasia e trate a situação com ações sinceras e pragmáticas, além de se esforçar para resolver a questão de uma forma adequada.

Fonte: Rádio Internacional da China