Diálogo é única via para resolver crise síria, afirma ministro

"O diálogo é hoje a única maneira de resolver a crise na Síria", disse o ministro de Estado para a Reconciliação Nacional, Ali Haider, em uma entrevista à televisão estatal do país.

"O que foi dito sobre projetos e propostas estrangeiros para acabar com a violência através de uma solução política, não é algo inovador, mas parte da nossa visão desde os primeiros dias da crise", considerou o funcionário.

"As portas do diálogo estão abertas a qualquer pessoa ou força, sob a condição de aceitar dialogar em primeira instância", acrescentou.

O ministro Haider descreveu a Conferência de Diálogo Nacional Sírio, realizada em Teerã, no Irã, de um passo estável, de grande alcance e no caminho certo, porque as ideias e visões que foram discutidas ali ficaram claras para todos.

A reunião na capital da nação persa, sob o título "Não à violência, sim à democracia", rejeitou qualquer forma de ingerência estrangeira nos assuntos internos da Síria e a necessidade de um diálogo nacional inclusivo para a reconciliação nacional .

O conclave também decidiu formar uma comissão para monitorar o diálogo nacional, encarregado dos preparativos para a próxima rodada de negociações em Damasco.

Haider disse que a crise na Síria deixou vestígios em todas as facetas da vida dos cidadãos, principalmente nas áreas de educação, cultura, mídia e saúde.

"Sentarmos em uma mesa aumentaria, em princípio, o número de pessoas que desejam participar, tendo em conta os êxitos que começam a acontecer a partir dessas conversas", disse Haidar.

"O diálogo levará a bloquear extremistas em todos os lugares e a confrontar aqueles que estão comprometidos com o uso de armas", acrescentou.

Por fim, o ministro argumentou que aqueles que "cruzam a fronteira dos confins do mundo não são sírios, não se preocupam com os interesses do povo, não estão interessados em satisfazer as suas legítimas exigências, pois o seu projeto é completamente diferente do projeto de construção de um Estado Sírio forte", concluiu.

Fonte: Prensa Latina