Maior partido da direita francesa está à beira de rachar
A União por um Movimento Popular, partido de direita e principal força de oposição na França, está à beira de estilhaçar, devido ao escândalo desatado após o fracasso na eleição que definiria seu futuro presidente.
Publicado 22/11/2012 17:09
Segundo o ex-chanceler e fundador da organização, Alain Juppé, o que está em jogo neste momento já não é a direção do partido, mas sim sua própria existência.
As eleições internas ocorreram no domingo, depois de uma prolongada e dura campanha entre o ex-primeiro ministro François Fillon e o atual secretário-geral da UMP, Jean-François Copé.
Após o fechamento das urnas, ambos os candidatos lançaram acusações mútuas de fraude e se autoproclamaram vencedores, o que impediu a comissão interna de emitir um balanço final da eleição.
Finalmente, na segunda-feira (19) à noite, os organizadores da votação anunciaram Copé como novo presidente, com uma estreita vantagem de 98 votos sobre o adversário. Fillon qualificou o resultado como uma "fratura moral e política" dentro da organização.
O escândalo aumentou na quarta-feira, quando foi denunciado que a comissão eleitoral "esqueceu" de contar os votos de três departamentos de além mar, o que muda por completo o resultado da eleição.
Fillon pediu a criação de uma direção temporária coletiva, chefiada por Juppé, enquanto a verdade seja estabelecida e disse também estar disposto a renunciar a sua candidatura à presidência da UMP com o objetivo de esgotar o assunto.
A equipe de Copé aceitou nesta quinta (22) a mediação, mas exigiu que se faça uma recontagem de votos em todos os colégios, não apenas dos três incluídos nos resultados.
De acordo com os observadores, a situação do partido é grave e as consequências podem ser desde o racha até a extinção da sigla.
Para culminar a situação, a figura que poderia aglutinar as forças da UMP, o ex-presidente Nicolás Sarkozy, compareceu nesta quinta a um tribunal, correndo o risco de ser preso por acusação de financiamento ilegal de sua campanha de 2007.
Fonte: Prensa Latina